Pandemia do novo coronavírus derrubou a economia em diversas partes do mundo, mas isolamento social não foi o único responsável.
As restrições de circulação impostas pela pandemia da Covid-19 atingiram em cheio a economia de diversos países. O impacto foi tão forte que, segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional, a queda no Produto Interno Bruto Global deve ser de 4,4% em 2020. Mas, afinal, será que o isolamento social foi o único responsável pelo mau desempenho da economia este ano? Como outros países estão lidando com as perspectivas econômicas, e qual a situação do Brasil neste cenário?
Impactos pelo mundo
A QuickBooks, empresa de softwares e contabilidade online, conduziu uma pesquisa analisando as datas em que os bloqueios foram impostos em alguns países, e manteve o acompanhamento até a data em que o lockdown começou a ser flexibilizado. A partir dessa análise, a empresa comparou os resultados do PIB dos países com as expectativas para 2020, a fim de mensurar o impacto do isolamento social nesses números.
Os países pesquisados que tiveram a maior contração do PIB foram:
- Venezuela (-48%): 117 dias em lockdown
- Rússia (-26%): 43 dias em lockdown
- Reino Unido (-19%): 99 dias em lockdown
- África do Sul (-16%): 60 dias em lockdown
- Hungria (-14%): 70 dias em lockdown
- Espanha (-14%): 98 dias em lockdown
Entre os países que experimentaram a menor contração do PIB, estão:
- Austrália (-5%): 49 dias em lockdown
- Brasil (-8%): 76 dias em lockdown
- Canadá (-8%): 49 dias em lockdown
- Suíça (-8%): 42 dias em lockdown
- Argentina (-9%): 51 dias em lockdown
- México (-10%): 70 dias em lockdown
Os dados levantados pelo estudo indicam que o impacto sobre o PIB não é necessariamente proporcional aos dias de lockdown do país, e que é possível, por exemplo, que o comportamento das pessoas tenha mais influência sobre esse resultado do que as restrições de circulação em si.
O documento cita ainda uma pesquisa da McKinsey que constatou que, embora a incerteza do COVID-19 continue, seu impacto é sentido de forma diferente em cada país, dependendo da forma como os consumidores estão respondendo à crise e se adaptando ao “novo normal”.
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