Até 2025, as marcas deverão atender consumidores mais preocupados com a comunidade, com o tempo e com as conexões pessoais.
Para criar os melhores e mais eficientes produtos e serviços, as marcas precisam identificar desejos, expectativas, anseios e motivações de seus clientes. E qual será o perfil do consumidor do futuro? Segundo o relatório Consumidor do Futuro 2025 da consultoria WGSN, o cliente não terá um único conjunto de características, mas quatro.
O ano de 2025 já não é tão distante assim para que lideranças e executivos descubram o que seus consumidores esperam das marcas. Somente assim poderão impulsionar seus negócios, fidelizar clientes e se manterem competitivos em um mercado em turbulentas transformações.
Conheça abaixo os quatro perfis do consumidor do futuro.
Neo-niilistas
Os consumidores Neo-niilistas estão cansados dos problemas globais e não acreditam que governos e instituições são capazes de resolvê-los. Dentre eles, 57,3% estão preocupados com a inflação e, segundo a pesquisa do Young People’s Voices on Climate Anxiety, Government Betrayal and Moral Injury, 50% dos jovens entre 16 e 25 anos entrevistados sentem a chamada ecoansiedade.
No entanto, Neo-niilistas preferem renunciar à responsabilidade de se preocupar com as calamidades. São pessoas contemplativas, inconformadas e estão em constante busca por um propósito. Desejam criar suas próprias regras e métricas de sucesso.
São consumidores que buscam ideias especulativas, gêneros criativos alternativos e até o uso de substâncias psicodélicas como terapia. Para acessar esse grupo, a WSGN recomenda usar e abusar da honestidade, da autenticidade e do humor. Assim, marcas poderão ganhar a confiança destes consumidores desconfiados.
Redutores
A pandemia gerou uma imersão compulsória na vida digital, e os Redutores já não desejam mais as telas e a conexão virtual. Em vez disso, buscam a conexão com o mundo real, com aquilo que é tangível. Tanto seu crescimento financeiro quanto suas decisões de consumo são baseadas na priorização do ecossistema e da sociedade. 64% dos redutores entrevistados pela pesquisa compraram mais do comércio local para apoiar suas comunidades desde o início da pandemia.
São indivíduos focados em suas comunidades, com propósitos que os guiam em suas decisões e bastante ocupados. Para conquistá-los, é preciso valorizar as conexões na prestação do serviço e da narrativa. São consumidores que prezam por seus valores e buscam marcas que compartilham os mesmos.
Protetores do Tempo
O tempo é o recurso mais valioso para esses consumidores. Em vez de correrem contra ele, preferem adaptar seus cronogramas às suas realidades. Formam conexões e amizades de acordo com seus interesses em vez de faixas etárias. Segundo a pesquisa, 58,6% dos entrevistados da Geração X e dos Baby Boomers não percebem suas faixas etárias representadas de forma adequada no marketing da moda.
São consumidores equilibrados, hedonistas e que buscam o enriquecimento pessoal em vez do material. Priorizaram a qualidade, e não a quantidade. Buscam serviços que lhe concederão mais tempo livre, como modelos de locação. Para conquistar os Protetores do Tempo, as marcas devem oferecer liberdade, flexibilidade e valor agregado.
Pioneiros
São atraídos por novidades, inovações e produtos versáteis. Também não preferem o digital ou o mundo físico, muito pelo contrário: são motivados em construir a ponte entre as duas realidades. São pensadores, planejadores urbanos do mundo real e do metaverso. São empreendedores e intensos, pessoas que gostam de assumir riscos e estão em constante busca por inspiração.
Como consumidores, estão atrás de soluções que melhorem o mundo e facilitem a vida das pessoas. Não têm medo de produtos digitais: segundo a pesquisa, 19% dos entrevistados já compraram itens virtuais em oportunidade do metaverso, como roupas e skins em games.
Para conquistar os Pioneiros, as marcas devêm inspirá-los com novas ideias, designs inteligentes e produtos e serviços que buscam conectar os mundos físico e digital.
E depois?
Além da identificação dos consumidores, o estudo da WGSN oferece também quatro estratégias para atender às expectativas do cliente do futuro:
- Reduza a pressão. As marcas devem ajudar o consumidor neste momento global de crises e transformações. Devem identificar como podem oferecer produtos e serviços que transmitam narrativas e sentimentos de calma, escapismo e bom humor.
- Crie conexões e comunidades. As marcas podem incorporar um toque humano aos seus produtos e serviços, contribuindo para que o mundo parece menos e mais amigável. Devem garantir que suas empresas deixem marcas e impactos positivos na sociedade.
- Priorize a qualidade, em vez da quantidade. Para se destacar, as marcas devem oferecer produtos com excelência, melhores que os disponíveis no mercado. Esses produtos devem agregar valor e enriquecer a vida dos consumidores.
- Ajude pessoas a transitar entre diferentes realidades. As organizações têm a missão de ajudar as pessoas a alternar entre os mundos físico e digital. Devem proteger a privacidade e permitir que indivíduos expressem as diferentes versões de si.
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