Consumo de dispositivos móveis supera TV

Pesquisa da Millward Brown em 30 países, incluindo Brasil, também aponta crescimento de segunda tela.

consumo-de-dispositivos-moveis-supera-TVPela primeira vez, o tempo diário gasto em dispositivos móveis ultrapassou o consumo de TV no Brasil e nos Estados Unidos. A constatação é do novo estudo AdReaction, divulgado recentemente pela Millward Brown.

Os norte-americanos passam 151 minutos por dia em seus smartphones e cerca de 147 em frente à TV. No caso dos brasileiros, os usuários fica, em média, 149 minutos no smartphone, ante 113 minutos em frente à TV. E os números são ainda maiores em outros países. Os consumidores chineses gastam 170 minutos com seus smartphones, quase o dobro do tempo que utilizam para assistir televisão.

A Millward Brown entrevistou mais de 12 mil portadores de mobile, com idades entre 16 e 44 anos, em 30 países diferentes, questionando sobre o consumo de anúncios em TVs, laptops, smartphones e tablets.

Tela primária

De acordo com a pesquisa, o smartphone acabou se tornando a primeira tela no mundo inteiro, mas a empresa também constatou que os usuários também estão assistindo a múltiplas telas simultaneamente. No Brasil, 66% das pessoas usam só um dispositivo por vez, enquanto 34% fazem uso simultâneo de pelo menos duas telas – índice maior que o americano, com 30%. A tendência é mais evidente na Ásia.

Trata-se de um fenômeno recente a ligação das pessoas a seus celulares enquanto assistem TV”, diz Jonile McGoldrik, diretora de pesquisa da Millward Brown. “O padrão é que eles digitem algo no smartphone”.

A agência classifica o tempo gasto em duas telas simultâneas em dois pontos: quando os conteúdos consumidos não têm relação entre si, chamado “stacking” (como navegar no Facebook durante seu programa favorito); e quando os conteúdos se cruzam, ou “meshing” (fazer uma busca pela atriz do programa).

No Brasil, 36% da audiência está procurando conteúdo relacionado entre telas. A maior sincronia de devices se dá com o smartphone, com 52 minutos de uso em conjunto com TV, seguido por notebook, com 35 minutos, e tablet, com 33 minutos.

Pelo mundo, particularmente na Ásia, os consumidores são muito mais propensos a consumir conteúdos “sincronizados”. Os índices na China, Japão, Indonésia e Coréia do Sul são todos mais altos: 60% dos usuários tailandeses passam seu tempo consumindo conteúdo relacionado ao que veem na televisão.

Anúncios não estão emplacando

Quando o assunto é anúncio para mobile, usuários globais de smartphones estão abertos para vídeos curtos. “O vídeo mobile vai explodir”, afirma McGoldrick. Ela observou que os dados da agência estão mostrando que outros mercados estão utilizando os micro-vídeosde maneira mais eficaz”. Vídeos curtos das marcas, de cinco a dez segundos, fáceis de compartilhar, são benvindos, inclusive entre brasileiros.

No Brasil, a maioria é favorável a anúncios em TV, 61%, enquanto 38% aprovam publicidade em conteúdo para telas desktop e apenas 29% para smartphones ou tablets. Anúncios televisivos também ganham na retenção de atenção: 86%, contra 63%, 53% e 54%, respectivamente.

Outras oportunidades comerciais em segunda tela estudadas pela MillwardBrown inclui boa receptividade do público para anúncios de TV com links de campanhas no Facebook ou promovendo aplicativos da marca para smartphones. Anúncios interativos entre a peça da TV e um aplicativo Smartphone, como o Shazam, também são bem aceitos, assim como anúncios online que dão continuidade a uma peça ou um programa visto antes na TV.

Não há muita receptividade, por outro lado, a hashtags em anúncios de TV; a marcas que patrocinam tanto o programa de TV como seu site; marcas que promovem aplicativos de jogos sincronizados com o conteúdo da televisão; ou anúncios online de futura programação ou publicidade na TV.

Com informações de Mark Berden, do Advertising Age

Por: Meio & Mensagem

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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