O Pix simplificou os processos de pagamento e transferência de valores. No setor de varejo, no entanto, o novo sistema ainda é pouco utilizado. E isso acontece por três fatores principais: desconhecimento sobre o funcionamento; incertezas a respeito da cobrança de tarifas e falta de integração do sistema com os softwares utilizados nos pontos de venda.
No fim de 2020, a Abrasel , associação que representa o segmento de bares e restaurantes, constatou em pesquisa com 300 empresários que 71% deles ainda não incentivavam o uso do Pix entre seus clientes. Apenas 12% já haviam sinalizado seu estabelecimento comercial quanto à possibilidade de utilização do novo sistema. Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, lembra que ainda não há soluções acessíveis capazes de conciliar o Pix com os softwares de controle de vendas dos bares e restaurantes, a exemplo do que já ocorre com os pagamentos em cartão.
Há receio por parte dos comerciantes da ocorrência de fraudes por meio de simulação pagamentos que, na verdade, não foram realizados, algo que não é possível identificar no momento sem essa integração de sistemas. Outro aspecto que ainda joga contra a popularização do Pix no comércio varejista é a ausência de um posicionamento mais claro dos bancos sobre a cobrança de taxas. Para pessoas físicas e microempreendedores individuais, não tarifas para realização de até 30 transações pelo Pix ao mês. A partir da 31a, no entanto, a operação pode ser cobrada.
De acordo com a Fecomercio-SP , o melhor caminho para os empresários é pesquisar instituições bancárias que ofereçam as melhores condições. Afinal, 44% dos consumidores estão interessados em usar o Pix nos pagamentos em lojas físicas e 47% nas compras online, de acordo com estudo da área de inteligência de mercado da Globo.
Por: S/A Varejo
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