A pesquisa Viver em São Paulo: Qualidade de Vida, realizada pelo IBOPE Inteligência a pedido da Rede Nossa São Paulo aborda o nível de satisfação em relação à qualidade de vida na cidade, além da confiança nas instituições e participação política da população paulistana.
O nível de satisfação em relação à qualidade de vida na cidade é similar ao do ano anterior: 6,5 – em 2018 era 6,3.
Embora a percepção majoritária ainda seja de estabilidade, há uma tendência de crescimento no percentual que declara melhora na própria qualidade de vida nos últimos 12 meses. Para 10% piorou muito; para 18% piorou um pouco; para 41% ficou estável; para 22% melhorou um pouco; e para 9% melhorou muito.
É semelhante a parcela que afirma sentir muito e um pouco de orgulho de morar na cidade de São Paulo: 38% declaram sentir muito orgulho e 41% pouco. Já 20% afirmam não sentir orgulho de morar na capital paulista.
Apesar de sentirem orgulho de morar em São Paulo, a proporção de pessoas que, se pudessem, sairiam da cidade se mantém estável desde 2017: 64% afirmam que sairiam, enquanto 36% não sairiam.
Oportunidades, lazer/ entretenimento e mercado de trabalho são os aspectos considerados mais positivos da cidade, com 16%, 14% e 11% das menções, respectivamente. Seguidas de gastronomia com 10% das menções; diversidade de serviços com 8%; acesso à cultura com 7%; agitação/ correria com 6%; e acesso a bens e serviços, diversidade de pessoas e acesso a serviços de saúde com 5% cada.
Já em relação ao que a população paulistana menos gosta na cidade, violência aparece em primeiro lugar com 28% das menções. Seguida de criminalidade com 17%; trânsito com 13% e desigualdade/ injustiça social com 10%.
Considerando a soma das menções, esperança é o principal sentimento relacionado à cidade de São Paulo, citado por três em cada dez pessoas entrevistadas (30%). Em seguida, gratidão (19%); decepção (17%); e frustração (16%).
42% das pessoas entrevistadas declaram se sentir muito incluídas na comunidade/bairro onde moram. Já 25% afirmam não se sentir incluídas. Nessa questão, destaca-se a região Norte, onde estão as paulistanas e paulistanos que se sentem menos incluídas(os) na comunidade/ bairro (31%).
A maioria relativa afirma gostar muito do bairro onde vive (46%), apesar de ¼ da população paulistana declarar não gostar (24%). São os moradores do Centro e da região Leste os que mais afirmam gostar do bairro onde moram: 54% e 50%, respectivamente.
Confiança nas instituições e avaliação administrativa
Metrô, Sabesp e SPTrans são as instituições nas quais paulistanas e paulistanos mais confiam – 72%, 58% e 51%, respectivamente.
Já a Igreja permanece como a instituição que mais contribui para a melhora da qualidade de vida da população paulistana (22%). A Prefeitura é citada por 19% das pessoas; ONGs que trabalham em seu bairro por 18%; empresas privadas/ empresários por 17%; meios de comunicação e associações de bairro por 14% cada. Além disso, duas em cada dez pessoas entrevistadas acredita que nenhuma das instituições avaliadas contribui.
A administração municipal é avaliada como regular por 43%, ruim/ péssima por 35% e ótima/boa por 18%.
Para se informar sobre o trabalho realizado pela administração municipal, as fontes mais usadas são TV, com 46% das menções, e sites de notícias e portais, com 43% das menções.
Em relação à atuação da subprefeitura da região onde moram, 21% das pessoas entrevistadas avaliam como ótima/ boa; 39% como regular; e 34% como ruim/ péssima. Pessoas que moram na região Leste são as que mais avaliam positivamente a atuação da subprefeitura (27%).
Porém, praticamente 1/3 da população paulistana não conhece as funções desempenhadas pelas subprefeituras e sete em cada dez consideram muito importante ter conhecimento dessas funções.
Já a atuação da Câmara dos Vereadores é considerada ruim/ péssima por 50% das paulistanas e paulistanos; regular por 34%; e ótima/ boa por 8%. Televisão, sites de notícias e portais e as mídias sociais são as fontes de informação mais usadas para saber sobre a atuação de vereadores e vereadoras – 43%, 33% e 29%, respectivamente. E quase 1/5 (16%) declara não se informar.
Participação política
A pesquisa aponta que 57% da população paulistana não participa da vida política no município. Mas 21% assinam petições ou abaixo-assinados; 16% compartilham notícias sobre o município pelas redes sociais; 13% compartilham notícias sobre o município por aplicativos de mensagens; e 9% participam de manifestações, protestos ou passeatas de rua.
Além disso, 91% das paulistanas e paulistanos não participaram de nenhuma atividade na Câmara nos últimos 12 meses e 63% não lembram em quem votaram para vereador(a) nas eleições de 2016.
Para a população paulistana, conhecer bem os problemas da cidade e ter visão de futuro são as principais características que um(a) prefeito(a) deve ter – 63% e 55%, respectivamente. Em seguida, as características mais citadas são ter experiência administrativa (39%) e saber trabalhar em equipe (39% cada); ser trabalhador(a) (38%); entender de economia e finanças (36%); e ter pulso firme (34%).
Já um(a) vereador(a) deve conhecer bem os problemas da região onde a pessoa entrevistada mora e ter visão de futuro– 49% e 43% das menções respectivamente.
Por: Ibope Inteligência
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