Vexames colocaram Nokia, Duloren, Fiat e Mercedez-Benz em saias-justas ao longo do ano.
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Nokia e a propaganda enganosa
Um dos pontos fortes do lançamento do Nokia Lumia era a tecnologia de câmera Pure View, que prometia transformar o smartphone numa máquina fotográfica profissional. O vídeo da campanha do produto destacou as qualidades das imagens do aparelho, comparando o desempenho de uma câmera normal a do Lumia. Mas era uma simulação, que pode ser percebida aos 27 segundos do vídeo, quando uma van com uma câmera profissional aparece no reflexo do vidro de um dos veículos. A empresa confirmou a fraude, e tempos depois acrescentou que peças adicionais do comercial também foram uma simulação.
Telesena – Restart e o erro de público-alvo
Misturar títulos de capitalização com uma campanha focada no público infanto-juvenil não foi uma boa ideia para a Telesena, que escalou a banda Restart, sucesso entre essa faixa etária, para estrelar um de seus comerciais durante a Páscoa. Pela legislação em vigor, apenas adolescentes com mais de 16 anos podem comprar títulos de capitalização. A campanha oferecia ainda como brinde figurinhas colecionáveis dos integrantes da banda e uma viagem para Orlando, nos Estados Unidos. A peça foi proibida pelo Conar.
Duloren e a UPP
A campanha “Pacificar foi fácil, quero ver dominar”, da Duloren, causou polêmica no início do ano. Na peça, uma moradora de uma comunidade do Rio de Janeiro aparece em roupas íntimas ao lado de um modelo caracterizado como policial do Bope desacordado. Após a repercussão negativa e reclamação de consumidores, o Conar acabou proibindo a campanha sob a acusação de “racismo, machismo e apelação”.
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Fiat 500 e Jennifer Lopez
O que era para ser um comercial sobre autencididade tornou-se um desastre. A campanha chamada “My World” trazia uma sorridente e inspirada Jennifer Lopez dirigindo um Fiat 500 enquanto deixava o brilhante mundo de Manhattan para uma volta no seu bairro natal, o Bronx, em Nova York. Logo descobriu-se que a artista jamais pisou os pés no local durante as gravações, e uma dublê de corpo foi contratada. Para completar, o carro usado pela dublê ainda quebrou durante as filmagens, e as fotos tiradas pelos figurantes foram parar na internet.
Reebok – “Traia sua namorada, não o seu treino”
A derrapada da Reebok aconteceu em março, em anúncio veiculado na Alemanha que pretendia incentivar atletas a manter seus treinos. “Traia sua namorada, não o seu treino”, dizia a peça. O slogan não pegou bem, e usuários do site CheaterVille.com, que reúne perfis de pessoas de todo o mundo que já cometeram adultério, enviaram uma carta à sede da Reebok pedindo que a marca de artigos esportivos retirasse os cartazes. Após algumas horas de silêncio, a Reebok defendeu-se. “Lamentamos pelos materiais ofensivos da Reebok que foram veiculados recentemente. Os anúncios foram removidos tão logo tomamos conhecimento deles.”, disse Dan Sarro ao siteCBSBoston.com.
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Mercedes-Benz – “Viva La Revolución”
Em janeiro, a Mercedes-Benz revoltou exilados cubanos em Miami ao usar uma fotografia de Ernesto “Che” Guevara para apresentar o aplicativo “Car Together”, que facilita a busca caronas. A conhecida imagem foi modificada de forma que a estrela na boina do argentino foi trocada pelo logotipo da companhia. A atitude da empresa não agradou muito aos cubanos que moram nos Estados Unidos, que deram início a uma campanha contra a montadora alemã. A Mercedes desculpou-se, dizendo que ao usar a imagem de Che, não pretendia “perdoar as ações dessa figura histórica ou a filosofia política defendida por ela”.
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Vodca Iceberg – patrocínio Titanic
A vodka canadense Iceberg achou que seria uma boa oportunidade patrocinar o evento de lançamento de um livro sobre dois sobreviventes do Titanic. Os familiares não gostaram muito da ideia e atacaram a marca. O patrocínio da bebida aconteceu na festa de lançamento do livro “Titanic: The Tennis Story”, de Lindsay Gibbs, que conta a história dos jogadores de tênis americanos Dick Williams e Karl Behr. A ação foi considerada inapropriada pelas duas famílias. Ao site New York Post, a neta de Williams, Lydia Williams Griffin, comentou que o envolvimento da Iceberg é “de mau gosto, desanimador e preocupante”.
Fonte: Exame
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