Os jovens brasileiros querem ter o próprio negócio. É o que mostra os dados da pesquisa Juventude Conectada, realizada à pedido da Fundação Telefônica Vivo. A pesquisa foi realizada pelo IBOPE e USP à pedido da Fundação e foi dividida em quatro eixos: educação e aprendizagem, ativismo, empreendedorismo e comportamento.
Os números tiveram como base uma amostra de 1.440 entrevistas e os dados fazem parte do estudo completo que será lançado durante o Festival R.I.A, evento de cultura digital, em agosto.
A pesquisa mostrou que 71% dos jovens gostariam de empreender e só 40% deles devem colocar o plano em ação nos próximos cinco anos. Além disso, a internet é o meio em que 60% dos entrevistados buscam apoio para planejar e desenvolver uma ideia.
Dos entrevistados, 16% se veem como possíveis empregados, 27% estão indecisos e 57% se imaginam como possíveis empregadores. Nos próximos cinco anos, cerca de quatro em cada dez jovens alegam que é provável que eles se tornem empreendedores. Da amostra total, 71% gostariam de abrir o próprio negócio.
Mais da metade, ou 56%, afirmam que a internet também ajuda a criar e estruturar o negócio e 41% responderam que a rede é um apoio para obter financiamento para projetos. Uma parte dos entrevistados revelou que não sabe onde buscar apoio.
Ainda segundo a pesquisa, brasileiros de 20 a 24 anos têm maior propensão em ter o próprio negócio e utilizam a internet para planejar e estruturar a ideia.
De acordo com o gerente da área de Inovação Social, Luis Guggenberger, muitas pessoas têm boas ideias e não tem capacidade de mostrá-las na prática. “Muitos dos empreendedores não precisam de dinheiro e sim de mentoria”, conta.
No ano passado, a Fundação Telefônica Vivo investiu cerca de 42 milhões de reais em projetos sociais. Um dos projetos é a Plataforma de Desenvolvimento de Empreendedores para jovens, que incentiva e forma jovens de 15 a 29 anos a encontrar oportunidades de negócios.
Em atuação desde março do ano passado, atualmente está sendo realizado nas cidades de São Paulo, Santarém e Santa Cruz Cabrália. O programa é dividido em três fases: inspiracional, design de negócio e apoio à implantação de negócios em TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Os que passam por todas as fases da plataforma têm a startup incubada pela Wayra Brasil.
Por: Revista Exame
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