O crescimento do mercado brasileiro de energéticos, que movimentou R$ 1,6 bilhão em 2012, está motivando o investimento das fabricantes de bebidas em novas linhas, fórmulas e ações de marketing. Todos querem uma fatia maior de um mercado que ainda é dominado pela austríaca Red Bull, responsável por cerca de 50% das vendas no País.
A Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas) projeta crescimento de 116% para a categoria entre 2011 e 2016. De 2006 a 2010, o segmento avançou 325%. O preço do energético também está caindo com o passar dos anos, passando de R$ 18,67 por litro em 2010, para R$ 15,40 em 2012.
A Petrópolis, dona do TNT, prevê aplicar de R$ 70 milhões a R$ 100 milhões este ano, só em propaganda do produto. Já a Coca-Cola relançou, no mês passado, o rótulo Burn, trazendo uma versão com mais cafeína. Por sua vez, a Globalbev, que possui as marcas Flying Horse e Extrapower, diversificou o portfólio, com diversos tamanhos de latas e garrafas PET.
Os executivos das fabricantes listam dois tipos de expansão em curso no mercado: o acréscimo da base de usuários e o aumento da frequência do consumo. A maior parte das campanhas de marketing da categoria busca, agora, desvincular a bebida de baladas e festas, exclusivamente.
Segundo Renato Fukuhara, diretor do Burn, 32% da população brasileira consome energético, hoje. Em 2010 a taxa era 19%. “A categoria é muito dinâmica e vem se transformando nos últimos três anos. Vemos o mercado no Brasil se solidificando nesse sentido”, afirma. O lançamento de novas versões com mais cafeína, segundo ele, busca se adequar aos gostos preferidos de seus consumidores.
Outra estratégia utilizada é atrelar o consumo à prática de esportes. O grupo Petrópolis, por exemplo, patrocina o UFC (Ultimate Fighting Championship). “Estamos investindo pesado em mídia, patrocínio e trade marketing”, destaca Douglas Costa, diretor de marketing e de relações com o mercado da fabricante. Segundo ele, o TNT detém de 5% a 6% das vendas de energéticos em lata no Brasil, e a expectativa é liderar a categoria dentro de cinco anos.
Por: Supermercado Moderno
Leave A Comment