Mesmo diante do contexto imposto pelo coronavírus, cenário para as vendas é positivo e deverá bater recordes no e-commerce. Itens de necessidade serão prioridade para 43%.
Apesar das dificuldades econômicas no Brasil, o consumidor pretende fazer compras na Black Friday 2020. Mesmo diante do contexto imposto pelo coronavírus, 72% dos usuários da plataforma devem aproveitar a data. Já 26,58% ainda não se decidiram e apenas 1,19% não pretendem comprar na Black Friday, como mostrou uma pesquisa feita pelo Méliuz, empresa de tecnologia que oferece cashback aos consumidores e soluções digitais para marketplace e serviços financeiros.
Dentre os que não vão aproveitar a data, 43% alegaram falta de dinheiro como principal motivo e outros 43% disseram não acreditar nas promoções da Black Friday. Entre os indecisos, a incerteza sobre a relevância das ofertas é o principal ponto de dúvida para 64% dos usuários.
Se antes, a data era o momento de comprar itens de desejo que, muitas vezes, poderiam ser considerados como supérfluos, hoje a data é vista como oportunidade para se economizar nas compras de itens necessários, como eletrodomésticos e eletrônicos, e até mesmo salvar um dinheirinho nos presentes de Natal.
Dentre os entrevistados, 42% deve aproveitar a data para comprar itens de necessidade. Já 25% pretendem adquirir produtos de desejo, 17% vão trocar produtos antigos por novos ou de outro modelo e 6% devem antecipar as compras de Natal para economizar nos presentes. Na lista dos produtos preferidos para a esta Black Friday, estão Eletrodomésticos e eletroportáteis (52,74%), Eletrônicos e Informática (41,05%), Perfumes e Cosméticos (32,36%), Smartphone (28,64%), Móveis e decoração (28,12%), Acessórios e Calçados (25,33%), Roupas (24,30%), Livros (13,85%), Alimentos e bebidas (11,27%), Viagem (10,54%), Jogos e Consoles (9,30%), Relógio e Jóias (8,79%), Artigos esportivos (8,47%) e Assinatura de serviços (2,89%). Outros artigos somaram 1,96%.
Black Friday do e-commerce
A maioria dos consumidores – 58% – optará por fazer as compras em lojas online. Já 11% vão preferir as lojas físicas. Os que pretendem dividir as compras entre lojas físicas e online somam 30,92% dos respondentes. Este resultado pode ser reflexo da constatação de que a pandemia ajudou a impulsionar o crescimento do e-commerce no Brasil. Estudo da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico mostra que houve alta de 65,7% no número de pedidos em lojas online, no período de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
A pesquisa mostra que 57,8% dos entrevistados utilizarão sites de busca na internet para ter mais informações sobre produtos e lojas; 51,2% devem ir direto aos sites das próprias lojas; 32,1% vão se informar por meio de ofertas recebidas por e-mail; 25,2% devem fazer pesquisa em shopping, lojas físicas, centros comerciais e/ou supermercados; 23,3% farão buscas em sites de comparador de preço; 17,6% vão ficar atentos a anúncios na internet; 12,7% pretendem seguir a indicação de amigos; 8,6% buscarão por produtos e lojas em anúncios na televisão e 0,4% devem utilizar outros recursos.
A maior parte dos respondentes pretende aproveitar as ofertas já nas primeiras horas da sexta-feira – que este ano será no dia 27 de novembro. Mas a escolha do horário das compras está bem dividido: 38,1% vão aproveitar a madrugada de quinta (dia 26) para sexta-feira (dia 27) para fazer as compras; 31,9% farão as compras na manhã de sexta-feira (dia 27); 15% vão aproveitar a noite de sexta-feira (dia 27) e 14,7% vão preferir fazer compras na tarde de sexta-feira (dia 27).
Comportamento do consumidor
Já em relação aos gastos, apesar dos impactos econômicos sofridos com a pandemia do Covid-19, a média gasta com as compras não mudou muito de 2019 pra cá. Dos mais de mil respondentes da pesquisa, 32,2% pretendem gastar entre R$ 1 mil e R$ 2.999,00; 25,9% devem desembolsar entre R$ 500,00 e R$ 999,00; 14,6% estão dispostos a gastar R$ 3 mil ou mais; 14,3% vão gastar entre R$ 300,00 a R$ 499,00; 11% vão fazer compras entre R$ 100,00 e R$ 299,00 e 1,6% estarão mais contidos e pretendem gastar até R$ 99,00.
Apesar de todo investimento das marcas em lives e programação especial para a data, o preço continua a ser o fator decisivo na hora de comprar na Black Friday para 73% dos consumidores. Reputação da loja/marca aparece em segundo lugar (9,41%), seguido de frete grátis e facilidade de pagamento (8,47%). A facilidade de pagamento (parcelamento, juros baixo, etc.) soma 5,99% e os cupons de desconto chegam a 2,48% de influência.
Fonte original: https://www.meliuz.com.br/blog/pesquisa-black-friday-2020/
Escrito por: Priscila Oliveira, Mundo do Marketing
Leave A Comment