Pesquisa da Discovery Networks procurou mapear os tipos de interação entre pais e filhos
Independente da classe social e do estilo de vida, os pais procuram estar próximos de seus filhos, seja nas brincadeiras, no acompanhamento dos estudos e até mesmo na hora de fazer compras. E a TV (sobretudo os canais pagos infantis) são um dos principais pontos de contato entre os adultos e os pequenos. Quando está reunida, na sala, nove em cada dez famílias estão assistindo canais de conteúdo infantil em sua televisão.
Esse resultado foi uma das conclusões da pesquisa “Razão ou Emoção: o que conecta as famílias atuais”, realizada pela Discovery Networks. Como parâmetro para conhecer o público espectador do canal Discovery Kids, anualmente o grupo realiza uma pesquisa que procura mapear os hábitos de consumo e o estilo de vida levado pelas famílias que assinam TV Aberta no Brasil – mais especificamente, aquelas que consomem canais infantis. Esse estudo ouviu 1.525 pais com filhos até 10 anos de idade, de 13 cidades brasileiras, pertencentes às classes A, B e C.
O estudo deste ano procurou analisar se as relações entre pais e filhos são pautadas mais pela razão ou pela emoção. Os dados principais mostram a clara transformação no padrão das famílias brasileiras: 61% das entrevistadas têm apenas um filho. Os pais também estão mais maduros (51% das mães estão na faixa etária entre 35 e 49 anos) e mais escolarizados (30% deles já tem curso superior).
Embora esteja restrito a um universo específico de consumidor de mídia (os assinantes de TV paga), a pesquisa serve como um norte para a percepção da influência dos pequenos no consumo familiar (tanto o midiático quanto o de produtos e serviços). A maioria dos pais permite que os filhos escolham aquilo que vão assistir na TV, navegar na internet e até mesmo, o que irão colocar no carrinho do supermercado. Cerca de 90% dos entrevistados afirmou que leva as crianças para acompanha-los nas compras. E 10% foram além: deixaram os filhos opinarem até na escolha do carro da família.
Tipos de pais
De acordo com a gerente de pesquisa da Discovery Networks, Marcela Dória, esse estudo da Discovey permitiu a classificação dos pais em quatro diferentes perfis: os engajados (mais jovens, com renda intermediária, que gostam de mostrar seu lado criança aos pequenos e que conferem aos filhos poder de decisão e de escolha); os observadores (mais atentos ao comportamento das crianças, estipulam mais regras de comportamento aos filhos); os interativos (pais com renda mais baixa que compartilham praticamente todos os momentos da vida com as crianças) e os participativos (famílias de renda mais elevada, que acompanham as atividades das crianças, mas delimitam regras para alimentação, lazer e também para o consumo).
De maneira geral, o que ficou claro é que, quanto menor a renda e o grau de escolaridade dos pais, maior à tendência a eles serem mais liberais e permissivos com os filhos. Já nas famílias de maior renda, as crianças, geralmente, têm regras mais rígidas a seguir e não tem a palavra final nas decisões de consumo, embora sua influência seja bastante forte.
Fonte: Meio & Mensagem
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