Primeiro, foi o “papel cheque” que substituiu o papel moeda. Agora é o plástico que está substituindo os papéis. A troca do dinheiro vivo pelo cheque – que se consumou anos atrás – se repete agora com os cartões de crédito e débito. Os números confirmam essa passagem. Hoje, o pagamento com o plástico já representa 28,3% no consumo das famílias brasileiras, alta de 2,3 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2013, quando o índice era de 26%.
Estudo feito pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) estima que no prazo de quatro anos esse índice passará para 40%, patamar similar ao do mercado americano que já superou os 40%. O crescimento da indústria de cartões tem garantido dois dígitos a cada ano e em 2014 não será diferente. A Abecs estima aumento de 17,3% alcançando uma movimentação próxima de R$ 1 trilhão.
“O crescimento está associado à contínua substituição dos meios de pagamento por parte dos consumidores, bem como à expansão do e-commerce e à entrada de novos nichos de comércio e serviço no sistema de cartões”, diz Raul Moreira, vice-presidente da Abecs. Pelos números computados pela associação, é possível dimensionar o tamanho desse mercado e o potencial de crescimento. “Hoje são 88 milhões de cartões de crédito ativos de um total de 180 milhões emitidos. Os de débito somam 290 milhões, mas menos da metade, ou seja, 110 milhões estão ativos”, acrescenta Ricardo Vieira, diretor executivo da Abecs. O nível de inadimplência, de acordo com a associação, é considerado satisfatório. “Em maio ficou em 6,7% contra 7,3% em igual mês do ano passado”, completa Vieira.
O último dado da Abecs – referente ao primeiro trimestre do ano – revela que os brasileiros movimentaram R$ 223 bilhões com cartões de crédito e débito no primeiro trimestre do ano, alta de 17,7% em relação ao mesmo período de 2013.
Por: Valor Econômico
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