O fluxo de pessoas em shoppings no Brasil em janeiro ficou 2% abaixo do verificado no mesmo mês de 2015, e mantém a tendência de queda na atividade comercial do setor. As informações são do Iflux, indicador específico do mercado de shopping, desenvolvido pelo IBOPE Inteligência e pela Mais Fluxo, que revela o grau de aquecimento ou movimentação do setor.
A partir deste mês, o IBOPE Inteligência começa a apresentar dados sobre o perfil dos clientes do shopping e a agressividade mercadológica do empreendimento. A classificação do perfil do shopping deu origem a três grupos: shoppings qualificados, que são aqueles que atendem majoritariamente clientes de classe AB1; shoppings médios, que atraem clientes de classe B; e shoppings populares, que atendem principalmente clientes de classe BC.
A classificação dos shoppings quanto a sua agressividade mercadológica, por sua vez, resulta em quatro grupos: shoppings iniciantes, inaugurados nos últimos três anos; shoppings secundários, que são empreendimentos maduros mas sem posicionamento claro no mercado; líderes locais, que são shoppings maduros e com posicionamento claro na sua área de influência; e shoppings dominantes, líderes absolutos em seus mercados e com capacidade de atrair consumidores além de sua área de influência.
Em janeiro, o resultado dessas duas classificações mostra que shoppings que atendem a um mercado consumidor de perfil mais qualificado (classe AB1) têm sido mais resistentes à crise. O fluxo médio nesses empreendimentos manteve-se positivo no mês ao mesmo tempo em que os shoppings populares tiveram queda superior à média. “Isso responde a uma questão que foi repetida várias vezes ao IBOPE no decorrer do ano passado: Os shoppings de alto padrão têm sofrido menos com a crise do que os demais? E a resposta é que, por enquanto, sim”, afirmou em nota a diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do IBOPE Inteligência, Márcia Sola.
A classificação revela também que a localização e o posicionamento continuam sendo a chave para o sucesso dos shoppings, principalmente em momentos de crise. Prova disso, segundo a entidade, são os empreendimentos classificados como secundários, que registraram perda de fluxo muito acima da média dos demais shoppings. Os shoppings dominantes e os líderes locais, por outro lado, têm conseguido manter índices positivos, mesmo com a crise.
Por: Portal No Varejo
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