É o que mostra análise feita por Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto Data Popular, a partir de pesquisa realizada com 22 mil pessoas, em 153 cidades de todos os Estados do País, durante os meses de julho e agosto.
Meirelles ressalta que a nova classe média confia mais em produtos de marcas líderes, porque os associa à qualidade. “Quem compra marca própria de supermercado no Brasil é classe A e B. E isso acontece porque não é ela que lava a louça, é a empregada”, diz.
A classe C representa 53,9% da população brasileira, o equivalente a 104 milhões de pessoas, informa o instituto, e movimenta R$ 1 trilhão ao ano.
A pesquisa também descobriu qual marca, entre 17 categorias de produtos, “conquistou o coração” do consumidor da classe C. O resultado: 46% dos entrevistados responderam “nenhuma”. Ou seja, o estudo revela que as empresas precisam investir no marketing para o consumidor da classe C, com campanhas específicas para esse público. “A verba de marketing acaba sendo mal-direcionada, se dispersa e deixa de fora a classe C. Ela é elaborada para um público de alto poder aquisitivo”, explica Meirelles.
Entre as marcas mais citadas, a Nestlé ficou em primeiro lugar com 4,1% das respostas, seguida por Samsung (3,9%). Em higiene, a mais citada foi Dove, “e vale lembrar que foi a primeira a falar de vários padrões de beleza. O da mulher da classe C é muito diferente do padrão da classe A”, diz Meirelles.
Mais de 5 mil marcas foram citadas nas entrevistas feitas pelo Data Popular. O estudo, aponta o consultor, contribui para mostrar caminhos para as empresas se comunicarem com o consumidor.
Fonte: Valor Econômico
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