“Há uma percepção pessimista da Classe C com relação à situação econômica, mas eles se dizem otimistas com a vida pessoal”.
O presidente do instituto de pesquisa Data Popular, Renato Meirelles, disse na manhã desta quinta-feira que a classe C irá continuar consumindo durante a crise e gastará, nesse período, cerca de R$ 1,35 trilhão. A afirmação foi feita na primeira edição do BRASILSHOP, na capital mineira, promovida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Segundo ele, como a Classe C emergiu de uma situação de crise, ela sabe transformar crises em momentos de oportunidades. Conforme o executivo, levantamentos recentes indicam que 92% da Classe C já estão fazendo economia no seu dia a dia; 81% estão comparando mais os preços; 65% estão se preparando para conseguir renda externa e 45% já possuem essa renda externa.
“Há uma percepção pessimista da Classe C com relação à situação econômica, mas eles se dizem otimistas com a vida pessoal. Porque eles têm a consciência de que a economia depende dos políticos, já a vida dele depende só dele e só trabalhando ele consegue reverter a situação”, declarou. Além disso, conforme o instituto percebeu, a Classe C, nesse período de maior aperto, tem adquirido mais dinheiro e/ou cartão de crédito emprestado, comprando mais fiado, escolhendo as marcas e priorizando os gastos.
Nova Classe A e B
Meirelles também ressaltou que nos próximos anos, haverá uma mudança do perfil da Classe A e B. “Essas classes vão crescer mais do que a C. São pessoas que têm bolso de Classe A e B, mas cabeça de C. Serão mais exigentes e mais resistentes à crise”, declarou. Dados do Instituto Data Popular mostram que, em 2014, 23% da população é de classe alta; 56% média e 21% baixa. Para 2014, os porcentuais passarão para 34% alta; 58% média e 8% baixa.
Por: Jornal Estado de Minas
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