Confiança do consumidor brasileiro fica estável no 2º trimestre

É o que aponta pesquisa global realizada pela Nielsen.

Na questão de confiança do consumidor, o Brasil obteve 74 pontos no segundo trimestre deste ano, após seis trimestres consecutivos de declínio. O índice manteve o mesmo nível alcançado no primeiro trimestre de 2016. Os dados são da Pesquisa Global da Nielsen sobre Confiança do Consumidor, que mede a percepção de perspectivas de empregos locais, finanças pessoais e intenções imediatas de gastos. A pesquisa da Nielsen ouve 30 mil respondentes com acesso à internet em 63 países.

Segundo a pesquisa, 95% dos entrevistados acreditam que o País está em uma recessão econômica (vs. 87% da região) neste momento e 51% acha que a situação permanecerá assim nos próximos 12 meses. Quase metade dos entrevistados brasileiros (47%) pensa que as oportunidades de emprego não estarão tão boas a médio prazo (vs. 50% da região). No entanto, 44% acha que o estado de suas finanças pessoais estará melhor durante o mesmo período (vs. 45% da região).

Diante do cenário econômico, a racionalização e o planejamento de compra estão mais presentes na rotina do consumidor brasileiro. O estudo mostra que em comparação com o mesmo período no ano passado, 87% dos entrevistados alegaram que mudaram seus gastos para economizar em despesas domésticas. Com base nesse comportamento, 44% acreditam que não é um momento tão bom para comprar coisas que querem ou necessitam (vs. 48% da região).

Depois de cobrir os gastos essenciais, as principais prioridades deles para utilizar o dinheiro excedente são pagar dívidas, cartões de crédito e empréstimos (39%), entretenimento fora do lar (38%) e roupa nova (26%). Na medida em que as condições econômicas melhorarem, 50% pretendem continuar economizando em gás e eletricidade, 28% cortando despesas com telefone e 26% comprando menos roupa nova.

Ao serem questionados sobre as principais preocupações nos próximos seis meses, os brasileiros apontam a economia (37%), a estabilidade política (22%) e a saúde (19%). O aumento nas contas domésticas, assim como o aumento no preço dos alimentos, e a segurança no trabalho também aparecem logo em seguida na lista.

Na América Latina, a confiança dos consumidores manteve-se em 78 pontos, inalterada frente ao primeiro trimestre, mas menor em comparação com o segundo semestre de 2015 (82 pontos). Ela ficou quase nos mesmos níveis que a União Europeia (79) e bem abaixo do Índice Global (98), da América do Norte (111), da Ásia-Pacífico (107 ) e do Oriente Médio (89).

Por: Supermercado Moderno

By | 2017-05-25T10:52:42-03:00 24 agosto, 2016|Categories: Comportamento do consumidor|Tags: , |0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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