Uma mantra diz que as redes sociais são uma maneira de os anunciantes contarem histórias autênticas e críveis a seus consumidores, cuja confiança em CEO´s, membros do governo e analistas de mercado está abalada. Mas de acordo com o último Barômetro da Confiança da Edelman, o número de pessoas que enxergam em seus amigos e parceiros como fontes confiáveis de informação sobre uma empresa caiu pela metade desde 2008, de 45% para apenas 25%.
Para Richard Edelman, presidente da Edelman, trata-se de um sinal dos tempos. “Os eventos dos últimos 18 meses assustaram as pessoas. Elas precisam ver as mensagens em lugares diferentes e a partir de diferentes pessoas, desde experts bem como empregados da empresa e amigos”, diz. “É um período de ceticismo. Então, se a companhia olha para o marketing boca-a-boca como solução, estão certas, mas ela precisa entender que esta não pode ser mais a única saída, mas sim uma parte da solução”, conclui.
Os consumidores estão descrentes de modo geral. A credibilidade da TV caiu 23 pontos percentuais e radio e jornais outros 20 pontos na comparação de 2008 com 2010.
Quando perguntadas se a informação sobre uma companhia parecia crível no caso de ela ser passada por “uma pessoa como você” (o chamado americano médio) o número caiu também. Apenas 39% acreditam que as mensagens ditas por consumidores eram confiáveis, contra 45% em 2009.
Por outro lado, a figura do CEO ganhou força na confiabilidade. A estratégia de levar o líder executivo para a frente da comunicação, algo feito pela General Motors com Ed Whitacre (e pela Toyota em um momento negativo de recall, com Jim Lentz) aumentou a confiança das pessoas no CEO, de 17% em 2009 para 26% neste ano. Também ganharam confiabilidade membros do governo (22% contra 27% neste ano), analistas do mercado financeiro (46% contra 52%), ONG´s (42% contra 44%) e acadêmicos (61% contra 64%).
Ou seja, o fato de os consumidores pararem de acreditar no que seus amigos e pessoas comuns dizem em testemunhais do produto ou empresa, há implicações significativas para anunciantes e redes sociais, bem como outras plataformas de marketing boca-a-boca.
Plataformas como Facebook e Twiiter permitiram às pessoas manterem círculos de associação casual mais amplos, o que pode ajudar a diluir a credibilidade das redes. Em outras palavras, quanto mais conhecidos a pessoa tem, mais difícil de confiar nele ou nela.
Fonte: M&M on line
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