Foi o que constatou um levantamento da empresa de pesquisas Nielsen. Segundo o estudo, o consumidor com a renda comprometida em financiamentos de imóveis reduz em até 25% seus desembolsos com comida, bebida e itens de higiene. Já quando o endividamento é referente à compra de automóveis, o reflexo é uma queda média de 17%.
A pesquisa foi realizada em mais de 8.200 lares, visitados ainda em 2013. “Se pensarmos em 2010, quando tudo ia bem e as famílias contraíam despesas com euforia, ainda não havia impacto sobre o abastecimento do lar”, destaca Olegário Araújo, diretor da Nielsen.
Os alimentos são os produtos mais afetados pelos cortes em função do alto endividamento, chegando a uma média de 17% de redução. A parcela do orçamento destinada a bebidas cai em torno de 15%, enquanto os produtos de limpeza sofrem uma queda de 13%. Itens de higiene e beleza são menos afetados, com cortes de 8% nos orçamentos.
Segundo Araújo, da Nielsen, o comportamento do cliente que quer economizar é imprevisível. Um consumidor pode optar pelo macarrão barato para não abrir mão de levar o suco da marca mais cara, por exemplo, enquanto outro pode preferir a bebida barata para não renunciar ao macarrão da marca premium.
“O consumidor não deixou de comer, mas procura alternativas. A recomendação para o varejista agora é manter diversas faixas de preços do mesmo produto nas gôndolas, para que o cliente possa escolher entre o premium, o médio e o baixo”, sugere o especialista.
Por: Supermercado Moderno
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