O cenário econômico de incertezas, endividamento e alta inflacionária fizeram com que com os consumidores brasileiros diminuíssem em 5,6% a ida aos supermercados no terceiro trimestre deste ano, segundo divulgou a Nielsen. Esse movimento foi guiado pela classe C, que sente mais no bolso essas dificuldades.
Os hipermercados foram o formato de loja mais prejudicado com esse comportamento. O número de lares compradores nessas lojas caiu 19,6% entre os meses de janeiro e agosto, enquanto nas lojas de vizinhança a queda foi de 4,3%. Os supermercados tiveram crescimento de 6% no número de compradores no mesmo período e, por ter peso maior que os outros, levou a taxa média do autosserviço alimentar a uma alta de 3,2%.
“Agora o consumidor tem de fazer suas escolhas para sustentar o bem-estar conquistado”, diz Priscila Nahas, analista de mercado da Nielsen. “Principalmente quando falamos da Classe C, considerada o motor do consumo até o ano passado”, completa. Segundo Priscila, a classe AB foi a responsável por impulsionar o consumo nos últimos meses, contribuindo com 67,8% dos gastos em todos os canais no terceiro trimestre.
Segundo a Nielsen, os números ainda ficaram positivos porque houve um “verão bem intenso”, o que elevou a venda de algumas categorias como cerveja, sorvete e protetor solar. Além disso, a Copa do Mundo trouxe resultados positivos para o varejo alimentar, ainda que não tenha feito muita diferença para outros segmentos.
Por: Supermercado Moderno
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