Pesquisa indica que o brasileiro não pretende aumentar compras de marcas mais caras de alimentos e bebidas.
O consumidor está mais pessimista agora do que na Páscoa e no Natal. E esse desânimo deve prejudicar as vendas para o Dia das Mães, importante data de faturamento do varejo. A conclusão é de uma pesquisa feita pela consultoria dunnhumby, com 482 pessoas das classes A, B e C, para o jornal Valor Econômico.
O corte de gastos nas compras para a data, que será comemorada no próximo domingo, “será maior do que os feitos na Páscoa e no Natal”, diz Sérgio Messias, gerente de inteligência de mercado da dunnhumby. A maioria (79% dos entrevistados) acredita que nos próximos três meses a economia vai piorar. E 90% estão menos confiantes do que há três meses. Mais da metade está insatisfeita com a situação financeira em sua casa e 32% dizem que daqui seis meses o ambiente dentro de casa vai piorar.
Na lista das principais preocupações para os próximos seis meses, a maioria aponta aumento de preços de serviços públicos e a de alimentos. A estabilidade da política e o desemprego vêm em seguida. Diante desse cenário, 84% dizem que vão economizar água, luz e gás. Também apontam que gastarão menos com lazer e que adiarão a compra ou troca de bens duráveis, além de cortar despesas com supermercados.
O volume de chocolate, refrigerante, suco pronto e cerveja devem encolher no carrinho das compras. Os consumidores não vão usar o Dia das Mães para comprar marcas mais caras de alimentos e bebidas. Na data, apenas 13% pretendem almoçar ou jantar fora de casa. A ideia da maioria é comprar presentes mais baratos do que no ano passado; 19% não vão comprar presente nenhum. “Quem pensava que as classes A e B não mudariam hábitos de consumo por causa desse momento de crise na economia, se enganou”, diz Messias.
Fonte: Valor Econômico
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