Pesquisa da Nielsen mostra que os brasileiros só perdem para os venezuelanos quando o assunto é confiança na economia. Confira os motivos.
O brasileiro está entre os menos otimistas dos países latino americanos em relação às perspectivas de empregos, finanças pessoais e intenção de gastos. As informações compõem o índice de confiança do consumidor, realizado pela Nielsen.
Dos sete países latino americanos avaliados, apenas o Brasil se manteve menos confiante a situação econômica do país em comparação ao quarto trimestre de 2016, período do último levantamento.
Os países cujos moradores estão mais otimistas são, em ordem, Colômbia e Peru, seguido de México, Argentina, Chile e Venezuela.
Percepções
A maioria dos brasileiros (89%) continua achando que o País passa por uma recessão. O número, no entanto, já é menor do que o apresentado no último levantamento, quando 91% achava que o Brasil estava em uma péssima situação.
Mesmo com a pequena melhoria de percepção, o índice de confiança do Brasil só perde da Venezuela, onde 97% dos habitantes acreditam que estão em uma recessão econômica feroz.
Entre os brasileiros que acreditam que estão passando por uma recessão, 51% acha que a situação não vai melhorar nos próximos 12 meses. Outros 29% dizem que não sabe o que vai acontecer no futuro e apenas 20% defende que haverá algum progresso na economia do País.
Preocupações
A quantidade de brasileiros preocupados com a instabilidade política também cresceu. A situação econômica foi o principal receio de 42% dos brasileiros, um crescimento de 4% em relação ao último trimestre do ano passado.
Reflexos
Para conseguir fechar a conta, 83% dos entrevistados disseram ter adotado mudanças em seus hábitos de consumo. Os principais cortes foram no entretenimento fora do lar (61%) e nas compras de roupas novas (56%).
Os dispositivos tecnológicos, desejo de consumo dos brasileiros, também estão sendo menos substituídos. Atualmente 50% dos brasileiros dizem que não pretendem trocar computadores e celulares por versões mais novas.
Já o dinheiro que sobrou no segundo trimestre de 2017, após o pagamento das contas básicas, foi usado como entretenimento fora do lar (38%) ou para quitar dívidas (32%).
Apesar disso, os brasileiros foram os que menos colocaram dinheiro na poupança entre os demais latinos. Metade dos entrevistados de Peru, Colômbia e México disseram ter poupado dinheiro remanescente, já no Brasil esse percentual foi apenas de 12%.
Economia do futuro
Os brasileiros já decidiram o que pretendem economizar quando as suas próprias condições financeiras melhorarem. Os combustíveis e eletricidades ocupam a primeira posição (40%), seguido por cortar despesas com telefone (32%) e gastar menos com roupas (27%).
Por: Portal No Varejo
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