Pesquisa aponta que 31% dos entrevistados já recorreram ao empréstimo de nome por estar com CPF inadimplente.
Em levantamento realizado em todas as capitais pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, dois em cada dez brasileiros já pediram o nome emprestado a outras pessoas para realizar compras parceladas. A estratégia é utilizada pelos consumidores que enfrentam dificuldades em obter crédito, mas querem continuar consumindo.
A pesquisa mostra que os pedidos de empréstimo de nome serviram para o consumidor adquirir produtos como calçados (37%), roupas (34%), eletrodomésticos (25%), computadores, notebooks e tablets (20%) e smarthphones e eletrônicos (15%).
31% dos entrevistados afirmaram que já tiveram de recorrer ao empréstimo de nome por estar com o CPF registrado em cadastrados de inadimplentes. Outros 24% alegam ter estourado o limite do cartão de crédito ou do cheque especial.
O levantamento também mostra que 6% dos entrevistados que usaram um nome emprestado não informaram a pessoa solicitada sobre o valor que seria gasto na compra. Além disso, grande parte dos pedidos são feitos para pessoas muito próximas, como familiares ou amigos. Com a proximidade da relação, a recusa do pedido pode ser um fator de constrangimento.
“Trata-se de uma combinação perigosa para o bolso do consumidor. Em vez de priorizar o pagamento de dívidas, esse comportamento pode fazer com que o consumidor fique com suas finanças desajustadas”, alerta Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
O cartão de crédito é o meio de pagamento mais solicitado para esse tipo de transações, somando 19% dos entrevistados, seguido pelo crediário, com 12%, financiamento em bancos, com 5%, empréstimo consignado, que soma 4%, e cheque pré-datado, com 3%.
Por: Supermercado Moderno
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