Crianças já temem riscos na internet

Conclusão é do estudo “Kids Experts 2011” apresentado por Renata Policicio e Rafael Davini, do Cartoon Network

As crianças brasileiras estão cada vez mais conscientes sobre os riscos que a exposição na internet pode trazer. Este é um dos resultados do estudo “Kids Experts 2011”, divulgado nesta quarta-feira, 14, e elaborado pela Turner International do Brasil, programadora de TV paga responsável pelo canal Cartoon Network. Segundo o levantamento, 72% do público de 6 a 11 anos fecha seu conteúdo nas redes sociais somente para amigos, e a maioria só se relaciona com quem conhece pessoalmente e encontra com frequência. “Tínhamos ideia de que essa preocupação iria surgir na pesquisa, mas o surpreendente foi o fato de, em nome da segurança, as crianças não se importarem em abrir suas senhas e seus perfis nas redes sociais para os pais”, afirma a gerente do departamento de pesquisa da Turner, Renata Policicio. “Elas têm consciência de que participar de redes sociais significa se mostrar publicamente e que devem tomar cuidado com o que exibir neste ambiente”, acrescenta a executiva.

No geral, o estudo mostra que os pais brasileiros são os mais controladores da América Latina: 97% das crianças têm restrições para navegar na internet. “Especialistas ouvidos para o levantamento indicam que as crianças abaixo de 11 anos vão ser melhores orientadas sobre questões de segurança e privacidade justamente porque seus pais têm mais experiência com a internet e as redes sociais hoje”, diz a executiva. Embora a exigência das redes sociais seja de que os usuários tenham pelo menos 13 anos de idade, 88% das crianças e 95% dos adolescentes (de 12 a 17 anos) participam de alguma rede no Brasil. Em média, os mais novos estão duas, enquanto os adolescentes em três. “Poucas crianças criaram seus perfis sozinhas. Elas tiveram ajuda de familiares e amigos”, complementa Renata. E mais: os pequenos estão cada vez mais cedo nesta plataforma: a idade média de entrada é de seis anos.

A pesquisa mostra que a diversão é o centro de toda a experiência online para as crianças. No caso das redes sociais, 72% do público de 6 a 11 anos usa este ambiente para jogar. Em seguida, aparecem como atividades mais frequentes a comunicação com amigos (46%) e ver vídeos e fotos dos colegas (42%). “A internet é mais uma plataforma para as crianças fazerem o que sempre fizeram: brincar. Elas reproduzem na web a diversão que também encontram offline”, comenta Renata. Para os adolescentes, entretanto, os jogos perdem espaço para a música; a comunicação com amigos e sociabilização – o que também é um reflexo do universo fora da internet.

O levantamento do Cartoon Network revelou ainda que crianças e adolescentes na América Latina postam comentários positivos sobre produtos e marcas: 24% do público de 6 a 11 anos e 42% do de 12 a 17 anos informam dar opiniões sobre estes temas. “No caso dos adolescentes, por exemplo, para ser relevante, uma marca tem de estar alinhada à imagem e à personalidade que o público quer transmitir nas redes sociais”, afirma Renata Policicio.

Neste ano, o estudo realizou 3.750 entrevistas online em cinco países da América Latina – Brasil, Argentina, Colômbia, México e Venezuela. O universo pesquisado foi de pessoas entre 6 a 49 anos das classes ABC, com análise dos seguintes perfis: crianças de 6 a 11 anos, adolescentes de 12 a 17 anos e adultos de 18 a 49 anos. Também foi realizada uma fase qualitativa, além de entrevistas com especialistas. “O conhecimento de nosso público é fundamental. Esta é uma maneira de prover melhor conteúdo em qualquer plataforma”, finaliza o vice-presidente de vendas publicitárias e marketing da Turner para América Latina, Rafael Davini.

Fonte: Proxxima Update

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By | 2017-05-27T07:13:44-03:00 15 setembro, 2011|Categories: Marketing Digital|Tags: , , , |0 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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