Medição da AppsFlyer, feita em oito bilhões de instalações entre janeiro e novembro do ano passado, indicou perdas de US$ 57 mil por mês por aplicativo.
Os aplicativos móveis tiveram uma taxa média de desinstalação de 53% em 2020, 70% mais do que no ano anterior, segundo pesquisa da AppsFlyer, empresa de análises de marketing de aplicativos. A medição foi feita em oito bilhões de instalações entre janeiro e novembro de 2020 e revelou uma perda, média, de US$ 57 mil por mês para cada app.
Os tipos mais afetados pelas desinstalações foram os aplicativos de Compras e Alimentos, com perdas mensais de US$ 118 mil e US$ 114 mil por mês, respectivamente, entre setembro e novembro. Já os de Saúde e Condicionamento físico foram os de menor perda, com média de US$ 46 mil, o que pode ser explicado por uma real busca por um estilo de vida mais saudável durante o isolamento social.
Apesar do crescimento que as aplicações tiveram no começo de 2020 pela pandemia, o estudo também mostrou que mais da metade dos aplicativos baixados em 2020 foram desinstalados em 30 dias, indicando que por mais que as pessoas estejam interessadas na facilidade dos apps, eles não estão proporcionando uma boa experiência e não possuem ativos importantes para os usuários.
“Estar atento às taxas de desinstalação é muito importante para os profissionais de marketing, uma vez que podem entender o comportamento do usuário e deixar de impactar quem não tem interesse em seus aplicativos, gerando uma campanha de aquisição de usuários mais eficaz”, afirma Marlon Luft, gerente de marketing da AppsFlyer Brasil.
Uma pesquisa realizada em 2020 pela Digital Turbine apontou que os brasileiros são grandes instaladores de aplicativos: cerca de 37% baixaram mais de 20 novos aplicativos entre julho e setembro, e 38% afirmaram que instalam aplicativos com frequência.
O estudo da Digital Turbine indica, ainda, que a maneira como os usuários descobrem aplicativos pagos ou orgânicos também influencia a taxa de desinstalações. Para aplicativos de redes sociais, de compras, jogos, utilitários e financeiros, que vieram pré-instalados no celular, as taxas de desinstalação são de 5% a 45% mais baixas do que quando os apps são baixados por lojas ou anúncios.
“Isso mostra que os brasileiros não estão apenas interessados em mais aplicativos, mas que os desenvolvedores de aplicativos devem estar mais abertos a todos os métodos de descoberta desses apps”, diz Mike Ng, CRO Digital Turbine.
Por: Meio & Mensagem
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