Essa é uma das conclusões a que chegou o estudo “Endividamento e inadimplência – mitos e verdades” da Boa Vista Serviços, divulgado nesta quinta-feira (27/09). Entre os consumidores entrevistados, 65% citaram o dinheiro como principal meio de pagamento utilizado, enquanto 21% apontaram o cartão de crédito, e 10% o cartão de débito. Apenas 1% citou o cheque, e 2% indicaram outras formas de pagamento.
As classes D e E têm o maior percentual de consumidores que utilizam preferencialmente o dinheiro, 79%. Já a classe A é a única em que o cartão de crédito é mais usado: 44% das pessoas dessa faixa utilizam mais essa forma de pagamento, enquanto somente 33% priorizam o uso do dinheiro.
Nome sujo
O levantamento ainda constatou que 19% dos consumidores estão com o “nome sujo”, ou seja, possuem algum tipo de restrição no mercado de crédito. Para Fernando Cosenza, diretor de inovação e sustentabilidade da Boa Vista, isso é resultado da falta de planejamento financeiro nas famiílias. “A educação financeira é a pedra angular para que o crédito cresça sem grandes riscos no Brasil”, afirma.
Cosenza ainda alertou o varejo para a evolução da inadimplência. “Esse setor teve papel fundamental na expansão do crédito para as classes mais baixas. E, assim como os bancos, o varejo precisa passar a avaliar seus consumidores para evitar um crescimento exagerado dos inadimplentes”, explica.
Mercado de débito alcançará R$ 493 bilhões até 2016
Estudo mostra que país está usando mais o cartão de débito, principalmente em operações de ticket médio baixo. Entrevistados apontam segurança e simplicidade como benefícios
A MasterCard estima que as compras com cartões de débito alcançarão R$ 493 bilhões até 2016. Hoje este mercado movimenta cerca de R$ 200 bilhões anualmente. O estudo “Cartão de débito no Brasil” realizada pela MasterCard Advisors, empresa de consultoria da marca, afirma que o cartão com débito em conta é a forma de pagamento que mais vem crescendo no país, com aumento médio de 25% ao ano. Transações em papel moeda, cheques ou transferências cresceram em média 9%, enquanto o consumo como um todo subiu 12% no mesmo período.
As principais vantagens apontadas pelos entrevistados para o uso deste meio de pagamento são a segurança, simplicidade e a maior possibilidade de controle dos gastos. A segurança foi destacada por 67% dos entrevistados. Facilidade de uso e controle ficaram com 37% e 31%, respectivamente.
O ticket médio para transações com o cartão de débito diminuiu de R$ 62,00 em 2005 para R$ 54,00 em 2011. Uma tendência apontada pela MasterCard é que o cartão será utilizado para valores cada vez menores, substituindo o dinheiro em espécie. Nas compras entre R$ 50,00 e R$ 100,00, o débito é a forma de pagamento preferida por 39% dos entrevistados. Na faixa seguinte, até R$ 500,00, o crédito é o principal meio, com 37% de preferência, com o débito em conta aparecendo em segundo, com 35%. “O aumento do uso do cartão de débito foi impulsionado não só pelo crescimento econômico, mas também pelo aumento da bancarização e maior compreensão sobre esta forma de pagamento”, explicou Gilberto Caldart, Presidente da MasterCard Brasil e Cone Sul, na apresentação da pesquisa.
Oportunidade para as marcas
Apesar do crescimento, no geral o uso do cartão de débito ainda é pequeno, se comparado às transações realizadas em dinheiro. Do total de transações com o plástico, apenas 18% acontecem nos estabelecimentos comerciais: 82% do uso destes cartões são referentes a saques em caixas automáticos. A situação pode se inverter com a utilização deste canal de pagamento para promoções e ações de fidelização.
Entre os entrevistados, 36% assumem que utilizariam mais o cartão para participar de promoções, prêmios e sorteios. Os programas de milhagens e acúmulo de pontos são citados em segundo lugar por 18% dos entrevistados. “Notamos que barreiras como o hábito do uso do papel moeda por ser considerado um meio de pagamento mais simples ainda persistem. E para superá-los, trabalhamos para desenvolver soluções e tecnologias que ofereçam produtos e serviços cada vez mais adequados às necessidades dos nossos clientes”, finaliza Gilberto Caldart.
Fonte: Supermercado Moderno e Mundo do Marketing
Leave A Comment