Com a flexibilização da quarenta no país, as vendas por comércio eletrônico seguem em boom. Ao analisar o mês de agosto de 2020, ante o mesmo mês do ano passado, houve alta de 76,46%. Seguindo a mesma base de comparação, o faturamento teve desempenho maior e registrou aumento de 87,64%. Os dados compõem o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Movimento Compre & Confie.
“Mesmo com a reabertura do varejo físico e retomada gradual da sociedade, o comércio eletrônico mantém patamares de vendas muito superiores ao ano passado, comprovando que o comportamento de consumo online do brasileiro realmente passou por um processo de transformação permanente. Com este crescimento, a partir de agora, as fronteiras entre online e offline estão sendo extintas e os varejistas terão que cada vez mais unificar suas operações para oferecerem uma boa experiência para todos consumidores.”, afirma André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e CEO do Neotrust | Compre & Confie.
Vendas online
Entretanto, ao comparar agosto ante julho, as vendas por comércio eletrônico variaram negativamente (-9,15%). No acumulado do ano, a variação segue positiva: 56,73%.
Na comparação regional, nas vendas online de agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, o Nordeste lidera com alta de 108,90%. Na sequência, aparecem Norte (74,90%), Sul (74,08%), Centro-Oeste (73,25%) e Sudeste (71,36%).
No acumulado do ano, o Nordeste também lidera com (82,70%), seguido por Sul (62,01%), Centro-Oeste (57,06%), Norte (54,76%) e, por último, o Sudeste com (51,37%).
Faturamento
O faturamento do setor teve queda de (-4,27%) em agosto frente a julho. Entretanto, no acumulado do ano segue em alta com 58,46%.
A composição regional, usando a base de comparação agosto deste ano com o mesmo mês do ano passado, ficou da seguinte forma: Nordeste (134,76%), Norte (108,12%), Centro-Oeste (87%), Sul (81,65%) e Sudeste (77,16%).
No acumulado do ano, a configuração mudou: Nordeste (93%), Sul (59,79%), Norte (57,96%), Centro-Oeste (52,95%) e Sudeste (50,91%).
Participação do e-commerce no comércio varejista
No mês de julho, o e-commerce representou 10,7% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 8%. Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgado no dia 10 de setembro.
Categorias
A composição de compras realizadas pela internet, por segmento, em julho, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (40,5%); móveis e eletrodomésticos (24%); e tecidos, vestuário e calçados (12,9%). Na sequência, outros artigos de usos pessoal e doméstico (9,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,2%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,2%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%). Esse indicador também utiliza a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE como base.
Consumidores Online
Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de abril a junho de 2020, 18,2% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online. Observa-se uma alta de 5,9 p.p em relação ao trimestre anterior (12,3%). Já na comparação com o mesmo período em 2019 (10,1%), houve crescimento de 8,1p.p.
Por: New Trade, Varejo ESPM
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