Estudo mostra que as mulheres dominam as interações com as empresas e publicam 40% a mais do que os homens.
A Gauge realizou uma pesquisa para descobrir como os usuários brasileiros do Facebook se comportam em relação às marcas. O estudo revela que as mulheres dominam as interações com as empresas e publicam 40% a mais do que os homens. Para alcançar os resultados da pesquisa a consultoria utilizou métodos quantitativos e qualitativos, que levou aproximadamente um ano para ser realizado e abordou diferentes segmentos de consumo: cervejas, destilados, bebidas não alcoólicas, bancos e carros.
“O Facebook se consolidou no País e tornou-se uma das mídias que mais trazem resultados para as marcas. No Brasil, 82 milhões de usuários estão conectados à internet, sendo que 51 milhões acessam o Facebook. As empresas, no entanto, ainda têm um longo caminho a percorrer para que a comunicação nas redes sociais se torne, de fato, eficiente”, explica Dante Calligaris, diretor-executivo da Gauge.
“Elas estão com tudo”
As mulheres estão dominando a presença na rede social, representando 54% dos usuários, assim como lideram as interações com as marcas, já que realizam, em média, sete publicações por dia, enquanto os homens fazem apenas cinco.
E como elas utilizam o Facebook?
- 18 a 25 anos – Falta critério, sobra humor: 49% não têm critérios definidos ao curtir uma página no Facebook; 93% curtem páginas de humor; 61% compartilham conteúdo para se divertir e divertir amigos; apenas 30% curtem uma página para ficar informada; 25% para conhecer lançamentos; e 6% curtem páginas para participar de promoções.
- 26 a 35 anos – O impacto da experiência real: Os principais motivos para curtir uma página são: 65% indicação de amigos; 38% consumo da marca no dia a dia; 35% lembranças de momentos. Além disso, 33% delas buscam promoções e lançamentos e 57% querem dicas de utilização de produtos.
- Mais de 35 anos – O curtir tem mais valor: 62% curtem páginas que tenham ligação com a profissão e 80% curtem apenas páginas de marcas que consomem no dia a dia. O que elas buscam são informações para definir a decisão de compra, interação e respostas da marca, e ética e responsabilidade no mundo físico e digital.
Órfãos digitais
Os usuários com idade a partir de 26 anos são os mais fiéis e têm relações mais duradouras com as marcas. As ações de grandes empresas dentro do Facebook, no entanto, parecem muitas vezes ignorar esse público. A grande maioria das marcas aposta no conteúdo de humor como principal forma de interação, mas esse tipo de publicação capta a atenção principalmente de pessoas com menos de 25 anos. Apenas 17% dos usuários com mais de 36 anos costumam curtir páginas de humor, 36% dos entrevistados buscam páginas que tenham a ver com sua profissão e estudo e 34% dos usuários a partir dos 26 anos acompanham as páginas para se informar.
Jovens infiéis
Pessoas com idade entre 18 e 25 anos são menos fiéis. O mesmo jovem pode curtir duas ou mais páginas de cerveja, não por consumir, mas por status ou influência dos amigos, por exemplo. Sendo assim, 39% não têm critério para curtir uma página, vai do momento, e 26% nem sempre curtem uma página de produto que utilizam no dia a dia, mas sim pelo que a marca representa para ele.
A experiência real faz a diferença
A relação com as marcas no mundo real é critério determinante para a maneira como as pessoas se relacionam com elas dentro do Facebook: para 54% de todo o público pesquisado a imagem real da empresa é determinante para curtir uma página. Nesse público, 65% compartilham conteúdos que lembrem pessoas próximas; 40% curtem páginas de marcas que tragam lembranças sobre momentos de suas vidas; 74% curtem apenas páginas de produtos que consomem no dia a dia; 57% já postaram conteúdos sobre as marcas em seus próprios perfis; e 66% acreditam que marcas são assuntos tanto na internet quanto no dia a dia com seus amigos.
As marcas sabem o que estão fazendo no Facebook?
A maioria das empresas presentes no Facebook se esquece de dois pontos cruciais nas redes sociais: relacionamento e conteúdo adequado ao seu público e perfil. As pessoas analisadas na pesquisa empírica afirmaram que ainda falta muito para as empresas conseguirem se relacionar com elas de forma correta: 66% buscam informação nas páginas que curtem; 87% analisam o conteúdo oferecido antes de curtir a página; 40% querem conteúdo que se associe com suas lembranças; 54% afirmam procurar páginas de marcas com as quais se identificam para curtir no Facebook; e 74% só curtem páginas de marcas que consomem no dia a dia.
Por: Proxxima
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