É o que aponta pesquisa realizada pela consultoria ToolboxTM, que entrevistou online 600 homens, de 18 a 70 anos de idade, moradores das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do País.
O estudo constatou que o número médio de shoppers masculinos no varejo alimentar aumentou (hoje são 31%, mais que o dobro de três décadas atrás), assim como o número de lançamentos da indústria voltados a esse público. Só no segmento de higiene pessoal, atualmente 37% das categorias são consumidos por eles.
Para definir melhor o perfil do shopper masculino, o estudo descobriu que o homem que vai às compras é, em sua maioria, casado e com filhos (66%); 32% dos entrevistados se dividem entre profissionais que trabalham em horários alternativos ou home office. Cerca de 10% declaram-se homossexuais, sendo que um terço deles reside com seu parceiro.
Aproximadamente 62% deles frequentam o supermercado e são responsáveis pela compra mensal do lar, e 20% afirmam carregar lista por não saber o que comprar. Seis por cento escolhem sempre a marca de menor preço na seção, enquanto 44% mostram-se dispostos a comprar uma marca nova ou experimentar um lançamento.
Ainda sobre marcas, 84% dos homens declararam não ser fiéis a elas. A maioria aceita trocar uma marca conhecida por um produto mais barato (66%) ou por lançamentos (18%). Oitenta e três por cento deles compram apenas algo que estava planejado. E 18% não passam em corredores que não haviam pensado antes.
Mitos e regionalização
A pesquisa procurou desvendar alguns dos principais mitos que cercam o universo masculino. Por exemplo, a máxima “homens odeiam ir ao supermercado, eles não têm paciência” não é real. De acordo com o estudo, 70% dos homens participam ativamente das decisões de compra, enquanto apenas 12% não gostam de ir ao supermercado. E ao contrário do que muitos pensam, 74% deles confessam gastar mais dinheiro na hora da compra quando estão acompanhados da mulher.
Os dados também apontam diferenças regionais nas preferências dos shoppers: os entrevistados do Sudeste mostram-se mais sensíveis a promoções, os dos Estados do Sul do País são os que compram marcas mais baratas e os da região Nordeste, são mais fiéis a marcas de referência.
Obstáculos
Segundo o levantamento, em geral, a maior dificuldade do homem no PDV está na compreensão dos produtos e não em sua localização na gôndola. Sessenta por cento dos entrevistados afirmam não saber diferenciar marcas, versões e tipos para escolher um bom produto. Já a dificuldade em encontrar produtos na gôndola é um problema para 40%, o que também não pode ser desprezado.
Para Rafael D’Andrea, CEO do Grupo Toolbox, “enquanto a indústria amadurece o desenvolvimento de produtos para esse homem, seja com diferentes versões ou novas marcas, o varejo ainda está à procura de soluções para fazer a ponte entre as necessidades do homem atual como shopper e os esforços da indústria para atendê-lo”.
Portanto, é recomendável aos varejistas identificar bem cada produto na gôndola – por meio de sinalizações – para distingui-lo de outros no ponto de venda. Afinal, é fato que o homem nem sempre sabe diferenciar limpador multiuso de produto para limpeza pesada, apenas para ficar em um exemplo.
Por: Supermercado Moderno
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