De acordo com a pesquisa do órgão, dos 63 milhões de internautas no país, pelo menos 11% já fez algum curso on-line
Quase sete milhões de internautas brasileiros já fizeram algum tipo de curso on-line. A informação consta no artigo “Um perfil do Uso da Educação On-Line no Brasil”, presente no boletim radar Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, apresentado nesta terça-feira (10) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
De acordo com a pesquisa, dos 63 milhões de internautas no país (tendo como base a pesquisa TIC Domicílios de 2009), ao menos 11% já fez algum curso on-line. Na divisão por classes, 21% dos internautas da classe A já fizeram algum curso via web, número que cai para 14% na classe B e 10% na classe C. Nas classes D e E, o número é de 4%.
Quando o critério de análise é o grau de escolaridade, os que possuem ensino superior são os mais frequentes em cursos on-line. Mais de 20% dos internautas que têm graduação fizeram algum curso via web, número que cai para 8% entre os que têm ensino médio, 5% entre os que possuem ensino fundamental e só 2% entre os analfabetos e que possuem só educação infantil.
Os internautas que possuem de 25 a 34 anos são os que mais fazem cursos on-line: 16% dos internautas nessa faixa etária. Depois vem os que tem entre 35 e 44 anos, com 13% e entre os internautas de 16 a 24 anos, 11% já fizeram cursos on-line. Os homens fazem mais cursos que as mulheres, são 12% dos internautas que já fizeram cursos on-line contra 10% delas.
Empresas
O estudo mostrou também o perfil das empresas que utilizam cursos pela internet. Predominam as grandes, que possuem 250 ou mais funcionários, onde 55% faz uso da web para essa finalidade. O índice é de 39% entre corporações que possuem de 50 a 249 funcionários e de 28% nas que têm de 10 a 49 funcionários.
O estudo do Ipea conclui que “as variáveis mais significativas para se explicar a adoção ou não de cursos on-line estão relacionadas à intensidade e à natureza do uso da internet, escolaridade, gênero e local de uso mais frequente da internet”. Acrescenta ainda que, “aqueles que acessam a internet de locais como telecentros e lan houses têm menos chance de participarem de cursos on-line que aqueles que acessam principalmente de casa, da instituição de ensino ou do trabalho”.
O estudo sugere ainda que, como sugestões de pesquisas futuras, é interessante investigar se o menor uso por parte das empresas menores ocorre em função da falta de habilidades de informática por parte dos funcionários, falta de recursos técnico-financeiros, falta de necessidade ou por outros motivos.
Fonte: Infomoney
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