Estudo mostra que metade dos brasileiros está “apertado” financeiramente; sem o básico e recorrendo a empréstimos, o risco da inadimplência também é alto no Brasil
Após o início da pandemia de COVID-19, 63% das famílias brasileiras precisaram reduzir gastos. Para 47% da população, a saúde financeira é principal motivo de preocupação no dia a dia. E quase metade dos brasileiros, ou 49%, afirma estar “apertado” financeiramente.
Essas são algumas das conclusões de um levantamento realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, a pedido da SulAmérica, para avaliar a saúde financeira dos brasileiros nos últimos 12 meses em meio a um cenário de pandemia e crise financeira.
Sem o básico o risco de inadimplência é alto no Brasil
De acordo com os dados levantados, cerca de 32% da população não possui renda suficiente para arcar com os custos básicos de casa. E 28% dos entrevistados revelaram não serem capazes de lidar com despesas inesperadas.
E mais: 39% recorreu a empréstimos no último ano, e 52% dos empréstimos contratados no último ano possuem pagamentos atrasados, o que mostra um cenário preocupante em relação à adimplência dos brasileiros.
Para 47% da população, a saúde financeira é principal motivo de preocupação no dia a dia.
32% da população não possui renda suficiente para arcar com os custos básicos de casa.
39% recorreu a empréstimos no último ano.
52% dos empréstimos contratados no último ano possuem pagamentos atrasados.
28% dos entrevistados revelaram não serem capazes de lidar com despesas inesperadas.
Geração X do Brasil foi a que mais contraiu empréstimos
Ainda em relação a endividamento, a geração X, os nascidos entre 1965 e 1981, foi a que mais contraiu empréstimos nos últimos 12 meses (44%). E o estudo mostra que mais de um quarto (26%) dos respondentes da geração Z, que compreende nascidos entre o fim da década de 1990 e 2010, se endividaram no último ano.
44% da a geração X contraiu empréstimos nos últimos 12 meses.
26% da geração Z se endividou no último ano.
A pesquisa ainda perguntou qual a principal fonte de informação para a tomada de decisões financeiras. Para 36% dos respondentes, é o companheiro ou companheira quem mais influencia neste aspecto, seguido por filhos (22%) e pais (19%). Especialistas em finanças (10%), consultor financeiro (8%) e gerente de banco (8%) aparecem apenas depois.
Pandemia e a trajetória da Saúde Financeira dos brasileiros
Esse levantamento faz parte de uma iniciativa da SulAmérica de mapeamento da evolução da Saúde Integral dos brasileiros, em que são avaliadas questões relacionadas às Saúdes Física, Emocional e Financeira da população.
Mesmo com o avanço da vacinação no País, o cenário de dificuldade e preocupação com as finanças segue semelhante. Comparando com os dados levantados pela primeira versão da pesquisa, realizada no segundo semestre do ano passado, percebe-se que mesmo com o avanço da vacinação no País, o cenário de dificuldade e preocupação com as finanças segue semelhante.
No ano passado, 66% dos entrevistados afirmaram que cortaram despesas em casa por falta de dinheiro, cenário que não revelou mudanças expressivas em 2022, quando 63% fizeram essa mesma declaração.
Em 2021, 66% dos entrevistados afirmaram que cortaram despesas por falta de dinheiro; em 2022, 63% fizeram essa mesma declaração.
Além disso, no ano passado, a saúde financeira já era a principal preocupação dos brasileiros, quando a pesquisa revelou que 4 em cada 10 brasileiros estavam mais preocupados com a saúde financeira do que com a saúde física e emocional.
Vale lembrar que a pesquisa FSB/SulAmérica contou com amostra representativa dos brasileiros com acesso a internet no país com idade a partir de 18 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 19 e 28 de maio de 2022.
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