Veja como se preparar para atender esse público que predominará na população da cidade e também em todo o País.
Uma pesquisa publicada no dia 21/01 pelo Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) aponta que o número de idosos irá dobrar de tamanho na capital paulista nas próximas duas décadas. De acordo com o estudo, em 2010, para cada 10 pessoas com menos de 15 anos, havia 6 com idade acima de 60. Com a queda constante da taxa de natalidade, em 2030, serão 12 idosos para cada jovem. E mais: em 2027, já haverá mais habitantes com mais de 60 anos do que com menos de 15. E, em 2050, a proporção será ainda maior: serão 21 idosos para cada 10 jovens.
Outro dado da pesquisa indica que os bairros da região central e centro expandido, como Pinheiros, Bela Vista e Jardins, são os que mais concentrarão moradores acima de 60 anos de idade na cidade. Serão em média 40 idosos para cada 10 jovens. Embora a pesquisa seja focada na cidade de São Paulo, o envelhecimento da população não pode ser ignorado no País como um todo. O que significa que os super e hipermercados precisam começar a pensar em como adaptar suas lojas para atender esses consumidores que, nas próximas décadas, predominarão no Brasil.
Um dos primeiros passos é facilitar o acesso à loja e aos produtos nas gôndolas, já que o público idoso costuma ter dificuldades de locomoção e movimento. As novas lojas ou unidades a serem reformadas podem, por exemplo, contar com corredores mais amplos. Adotar esteiras e escadas rolantes e disponibilizar carrinhos motorizados para facilitar o deslocamento também devem ser considerados.
Outro ponto importante é orientar os funcionários a dar maior atenção a esses consumidores. Em lojas onde há maior concentração desse público, é possível disponibilizar uma equipe especial para, por exemplo, acompanhar essas pessoas e auxiliá-las nas compras. Criar o cantinho da melhor idade, reunindo produtos consumidos frequentemente por elas pode facilitar a compra. Também é possível realizar uma semana só com ofertas dos itens de maior saída entre esse público.
O sortimento também deverá sofrer mudanças. Os idosos tendem a adquirir mais do que o básico. Como existe, por exemplo, grande preocupação com a saúde, eles tendem a gastar mais com alimentos saudáveis, como orgânicos, sem sódio e com menos açúcar e funcionais, entre outras versões de maior valor agregado.
Itens de higiene, beleza e limpeza da casa também devem ficar no radar. Eles tiveram aumento no consumo entre idosos de todas as classes sociais, segundo pesquisa da Kantar Worldpanel divulgada em novembro do ano passado. Categorias que se destacaram no estudo foram detergente líquido e em pó para roupas, bronzeador e protetor solar e anti-séptico bucal.
Entender melhor o comportamento e as necessidades desse público poderá ajudar a direcionar as mudanças necessárias nos supermercados. Isso pode ser feito por meio de pesquisas (feitas nas lojas e de mercado) e de conversas informais. O importante é começar a se preparar agora.
Por: Supermercado Moderno
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