O consumo contraiu (-1,7%) na maioria dos países latino-americanos, apesar de se observar uma desaceleração na queda no segundo trimestre do ano. Em valor, os domicílios latino-americanos gastaram 6% mais que no ano passado. Se excluirmos a Argentina, país com inflação alta, o gasto aumentou apenas 2,4%. Ou seja, o consumo tem crescido abaixo da inflação e observamos uma erosão no gasto devido à escolha de marcas (marcas próprias e tradicionais) e canais (lojas de descontos, feiras, atacarejos, granel).
Fonte: Crescimento em Volume % | FMCG | MAT Q2 2019 vs. YA | Total Latam
O que nos diferencia como região?
A cesta de Laticínios foi a mais afetada na América Latina: no Equador (-5%), Brasil (-3%), México (-2%) e CAM (-2%). O setor de Cuidados Com o Lar continua expandindo em diversos mercados (no Equador cresceu 8%).
Metade do gasto dos argentinos ocorre em marcas tradicionais, e aumentou 8 pontos percentuais (p.p.) nos 3 últimos anos. Marcas premium, por sua vez, perderam 3 p.p. no Brasil e ganharam 3 p.p. no México. Marcas próprias já são um caso de sucesso em CAM (principalmente no Panamá e na Costa Rica) e na Colômbia.
Em um contexto de contração de consumo, há mercados que conseguem expandir consistentemente, como o caso de cervejas, cuja penetração passou de 60,9% para 63,6% nos dois últimos anos. Isto representa 12 milhões de domicílios a mais que agora consomem a categoria.
O que está mudando?
Há oportunidades em segmentos de nicho (como sem lactose ou glúten), a especialização prolifera, e o consumidor latino já incorporou novos hábitos de compra (como o e-commerce). É hora de redefinir as fronteiras do mercado de operação – biscoitos competem com iogurte e refrigerantes com cerveja. Os consumidores escolhem de um leque de categorias, não mais de um leque de marcas, dependendo de suas necessidades a cada ocasião de consumo.
Por: Kantar Worldpanel
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