Preferidas entre os consumidores, as lojas de bairro/vizinhança ganharam mais espaço no último ano, em Belo Horizonte. Em sua segunda edição, a pesquisa sobre locais de compra, realizada pela Fecomércio MG, identificou que mais da metade (54,5%) da população utiliza o comércio local. O percentual é quase o dobro do apurado no ano passado (29,4%). Considerando-se também as pessoas que frequentam esses estabelecimentos eventualmente, o total de adeptos chega a 84,7%. Os shoppings são a opção de compra, mesmo que às vezes, em 60,3% dos casos, e o hipercentro em 53,3%.
O preço das mercadorias é o principal quesito para a definição do lugar, tendo muita influência para 81% dos entrevistados. Qualidade do atendimento e variedade dos produtos, com 78,9% e 74,3%, respectivamente, são outros critérios adotados. A localização é um grande estímulo para 68,7%. “O resultado do estudo sinaliza que a descentralização do comércio – redução da procura pelo hipercentro e aumento do interesse pelas lojas de bairro – está ligada à adaptação dos estabelecimentos de vizinhança, a fim de atender melhor os clientes. Assim, eles passaram a encontrar, também nesses locais, variedade de artigos, com qualidade e preços competitivos. Isso, aliado ao conforto de comprar perto de casa ou do trabalho, atrai ainda mais o consumidor”, avalia a analista de pesquisa da Federação, Elisa Castro.
Sem esse diferencial de comodidade, em função da localização, o hipercentro perdeu frequência de clientes. De acordo com o levantamento, entre 2017 e 2018, o volume de pessoas que compravam sempre na região caiu de 22,1% para 13,2%. Já o costume de consumir produtos e serviços de shoppings permaneceu praticamente estável nesse período, reduzindo de 18,5% para os atuais 17,4%. Além disso, o questionário investigou outros polos comerciais da cidade. Os shoppings populares e o Mercado Central se destacaram, sendo procurados por cerca de 50% dos belo-horizontinos.
Por: Mercado & Consumo
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