Indispensável nos dias de hoje, a internet está cada vez mais integrada no dia a dia das pessoas e mudando alguns hábitos e rotinas. O consumo é uma das questões que apresentou mudanças de uns anos para cá, principalmente se tratando de compras pelo comércio eletrônico.
Aqui no Brasil, por exemplo, 21% das pessoas realizam compras online toda semana – este índice é o maior já registrado desde 2014 pela consultoria PwC, que divulgou nesta terça-feira (03/04) o Global Consumer Insight 2018, um estudo que identifica e define tendências e características de consumo em 27 países diferentes.
Ao todo, a empresa entrevistou 22 mil pessoas entre os meses de agosto e outubro do ano passado. No Brasil, o único participante da América Latina, foram mil entrevistados que se disseram otimistas aos gastos pessoais para 2018. Mais da metade dos entrevistados, (71%), esperam aumentar ou manter as despesas com compras nos próximos 12 meses.
Assim, a maior parte desse consumo deve ser realizada através de dispositivos móveis, sendo que 41% dos consumidores já realizam compras vias smartphones e 30% por tablets. Um crescimento expressivo, principalmente quando comparado há cinco anos, onde apenas 15% e 20% dos consumidores, respectivamente, afirmaram utilizar estes canais de compras.
O estudo mostrou também um crescimento no consumo online em diferentes categorias de produtos entre 2014 e 2018. Nos equipamentos eletrônicos, por exemplo, as compras por e-commerce cresceram de 12% para 27% do total comercializado. O consumo ligado ao entretenimento, como livros, músicas, filmes e videogames, aumentou 16 p.p., deixando a marca de 18% para atingir 34% no mesmo período.
Além disso, setores como alimentação também apresentaram grande potencial de crescimento. Aqui no Brasil, por exemplo, 58% dos entrevistados responderam que tem a intenção de comprar alimentos pela internet nos próximos meses, sendo que 37% afirmaram que já realizaram alguma compra online de alimentos em 2017. “O online segue em crescente no dia a dia das pessoas. Elas compram com mais frequência, utilizam mais dos canais online e em todas as categorias de produtos os números aumentam em relação aos que optam pela rede”, explicou o sócio da PwC, Ricardo Neves.
E ainda complementou. “A tecnologias oferecem ao consumidor mais possibilidades de consumo personalizado, principalmente no e-commerce. O varejo nacional tem um potencial para crescimento e as empresas que apostarem em tecnologias disruptivas, como inteligência artificial (IA), estarão à frente das demais”, afirmou.
Meios de pagamentos
Outra facilidade que acompanha a evolução do método de compras são os meios de pagamento. Analisando de forma global, 59% do consumo dos entrevistados tende a ser maior quando o meio de pagamento é um dispositivo móvel. Porém, 60% destes mantem-se em alerta em relação à segurança de seus dados quando realizam pagamento de suas comparas utilizando este método.
Mas isso não limita as vendas nesse segmento, já que 45% dos entrevistados (30% no Brasil) afirmaram ser esse o provável meio de pagamento para suas compras no dia a dia e mais da metade afirmou que tem preferência de compra dos varejistas que ofereçam métodos para pagamento em dispositivos móveis.
Varejo físico
Mesmo com o crescimento expressivo das compras pela internet, a frequência dos consumidores nas lojas físicas apresentou crescimento em 2017. Ela chegou a 61% de pessoas que afirmaram ter realizado alguma compra presencialmente. No ano passado, o percentual era de 55%.
“O foco na experiência do consumidor dentro da loja passa a ser integral em praticamente todos os varejistas hoje, tanto no setor alimentício, como no supermercadista também. Claramente nós vemos algumas empresas fazendo a introdução de melhores redes de Wifi para ligar diretamente aquele consumidor, para trazer para eles ofertas online exclusivas. Nós vemos que isto é uma tendência forte neste sentido. Até de para melhorar a experiência de compra, como gerenciar a expectativa dele em relação a uma fila, uma demora, por exemplo, com agendamento de checkouts para que isso não seja um impacto na vida dele”, comentou Neves.
“A gente sente claramente que as tecnologias estão chegando às lojas, então melhorando essa experiência do usuário dentro delas. E o supermercadista não vai deixar de estar dentro deste contexto, visto que ele já está trazendo isso na realidade de cada uma de suas lojas”, complementou.
Por: SuperVarejo
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