Variação aconteceu entre janeiro e fevereiro, segundo a Abihpec. Inflação alta tem reduzido poder de compra do consumidor.
A indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos apresentava sinais de desaceleração desde os meses de novembro e dezembro de 2014, de acordo com a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), associação do setor. No acumulado de janeiro e fevereiro, há recuo real de 6,8% nas vendas. Outro levantamento, feito pela Nielsen, também confirma que o setor começa a sentir o impacto do aumento da inflação e do crédito mais restrito, que fazem o consumidor segurar os gastos. De acordo com a consultoria, quase todas as categorias desse setor desaceleraram e têm crescido em ritmo mais lento neste ano. Nos últimos 12 meses, o avanço é de 2,1% em valor, contra a média histórica de 2,7%.
Marco Antonio Giorgi, analista de mercado da Nielsen, diz que o consumidor está mais racional, inclusive na escolha do canal de vendas. As farmácias cresceram em ritmo forte nos últimos anos, sustentadas por um sortimento de qualidade superior ao dos supermercados. No entanto, conforme o consumo desacelera, os supermercados e atacados saem na frente com embalagens maiores e, portanto, mais econômicas. Os frascos grandes são menos adequados para o varejo farmacêutico, cujas lojas são menores.
Segundo o Carrefour, as vendas de embalagens promocionais em categorias de higiene pessoal e beleza registram crescimento relevante em relação a anos anteriores. Entre as embalagens mais buscadas estão shampoos e condicionadores acompanhados de brindes e sabonetes em pacotes promocionais.
Fonte: Valor Econômico
Leave A Comment