A capital paulista recebeu nesta semana a 35ª edição da APAS Show, evento que já é considerado o maior do segmento no mundo. Nesta edição pela primeira vez foram utilizados os cinco pavilhões da EXPO Center Norte ocupados por estandes de 847 expositores, sendo 200 internacionais, de 19 países. Os dados deste ano ainda não são conhecidos, mas na edição passada, o evento contou com 71.931 inscritos na expo e 4.073 congressistas.
Os números deste setor impressionam:
R$ 356 bilhões em faturamento anual, que representam 5,21% do PIB. Empregam cerca de 1,8 milhão de empregos diretos com 89.600 lojas abertas. Este ano, projetam investir R$ 9,1 bi entre novas lojas, reformas, tecnologia entre outros. Outro dado relevante, indicando a importância do setro, é que do total das 350 maiores redes de varejo do Brasil, 53% delas pertencem ao segmento de Super e Hipermercados. Nenhum outro segmento do varejo apresentam números assim.
Segundo pesquisa realizada para a Associação Paulista de Supermercados (Apas) para conhecer as grandes tendências do setor, 86% dos consumidores desejam o autoatendimento no supermercado como a principal característica das novas lojas. Entre os mais exigentes e informados, querem mais do que somente bons preços. Eles desejam uma combinação de preço, qualidade de produtos e localização.
Na ordem de importância das principais demandas do consumidor, a pesquisa, que ouviu mais de 2 mil pessoas, revela que o autoatendimento está à frente até mesmo da maior oferta de produtos orgânicos (82%), da entrega das compras (82%), de programas de fidelidade (77%).
Vejam mais detalhes da pesquisa:
Quando o assunto são compras do dia a dia, os supermercados e hipermercadosconcentram a preferência dos consumidores, independente da classe social, idade ou sexo, com 59% em média. A escolha dos supermercados para as compras cotidianas, segundo a pesquisa, está relacionada ao preço, à qualidade e à variedade de produtos.
- Os mercadinhos de bairro e vizinhança são a primeira opção de dia a dia para 22% dos entrevistados, maioria mulheres (23%), jovens de até 24 anos (26%) e classes C2, D e E. que privilegiam a localização (87%).
- Os atacados e atacarejos, por sua vez, aparecem em seguida, com 12% de preferência, com maior interesse por homens (14%) e jovens (16%) das classes C1, C2, D e E (13%) que buscam apenas o quesito preço (90%).
Muitos brasileiros já compram pelo delivery, que em 2018 já representou 12% das vendas, com forte viés de alta, mas a grande maioria ainda gosta mesmo de visitar pessoalmente um supermercado. Dentro das classes A e B, esta é uma atividade onde 28% vão com os filhos e 57% são acompanhados pelo cônjuge durante as compras. Esse percentual aumenta para 61% entre os integrantes da classe C, sendo ainda maior entre os casais na faixa entre 35 e 44 anos – 66% deles vão ao supermercado ao lado dos parceiros.
Mas um fenômeno vem chamando muita atenção do mercado nos últimos anos – o crescimento vertiginoso dos atacarejos em detrimento do formato Hipermercado. Em 2018, o setor viu diminuir em 6,4% a quantidade de mercadorias vendidas em lojas no formato hipermercado. Em compensação, os atacarejos cresceram 12,8%. Tanto é que no Grupo GPA, mais de 20 lojas do EXTRA já foram convertidas em lojas do Assaí. No balanço do faturamento do Carrefour no Brasil, o Atacadão já responde pela fatia de 68% de tudo que se vende. É muita coisa.
Por: Mercado & Consumo
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