Luiz Fernando Ruocco aponta o que empresas e consumidores podem esperar das vendas online no fim do ano
Depois de uma aceleração súbita da digitalização, vista em todo o Brasil, as empresas que se adaptaram rapidamente viram a consolidação dos novos comportamentos do consumidor. Ou seja: 2021 tornou o e-commerce uma opção concreta e não apenas emergencial. Portanto, o Natal deste ano – e os resultados das vendas – devem apresentar algumas diferenças em relação aos anos anteriores. Luiz Fernando Ruocco, sócio diretor da agência full digital Rocky reuniu algumas das principais tendências que os comerciantes podem esperar até o fim do mês.
São elas:
Entregas rápidas
“A principal mudança, que mais afeta o e-commerce como um todo, é a logística aprimorada”, afirma o diretor. “Por bastante tempo, o Brasil esteve muito focado no físico e não contava com um sistema de distribuição tão veloz, o que fazia com que lojas virtuais perdessem clientes por conta da demora na entrega. É claro que isso ainda acontece em algum nível, mas boa parte das grandes redes mudaram esse aspecto este ano. Agora, não é incomum encontrar opções de frete de poucos dias ou até algumas horas após o pagamento. Em datas comemorativas, em especial o Natal, esse diferencial faz uma diferença absurda”.
Em outras palavras, Ruocco indica que haverá uma maior absorção das vendas que seriam das lojas físicas, pois a logística permite que as entregas aconteçam a tempo para a tão aguardada entrega de presentes. Ele também menciona que, nos casos em que não for possível entregar a tempo, os sites também podem disponibilizar a opção de retirada em loja.
Omnichannel
A retirada de produtos em loja já é um ótimo exemplo de como o omnichannel funciona. A integração entre online e offline pode passar por vários aspectos do negócio — logístico, de marketing, de vendas, entre outros — e o cliente está cada vez mais habituado a esperar isso das empresas.
Fernando lembra de outro exemplo: as formas de pagamento. Mesmo ao visitar um estabelecimento, o consumidor pode desejar pagar através do PIX ou de um QR Code. São transferências digitais, mas que também podem fazer parte do espaço físico. “Permitir a escolha é um dos princípios do omnichannel. É algo que engrandece a experiência do cliente”.
Chatbot
“Os chatbots são tendência há algum tempo e, a cada grande evento de vendas, vem se provando mais e mais necessário”, explica o especialista. “O fim de ano exige até mais da ferramenta, uma vez que muitas pessoas fazem compras de última hora e precisam de soluções rápidas para suas dúvidas”. A popularidade dos chatbots é, de fato, generalizada: segundo relatório da Mobile Time, cerca de 216 mil bots já foram criados no Brasil até este ano. Em 2020, eram 101 mil.
Compras antecipadas
Existem pessoas que deixam tudo para última hora, e existem aqueles que resolvem as coisas com antecedência. Este ano, o segundo grupo foi maioria: 65,3% dos consumidores aproveitaram a Black Friday para fazer compras de Natal, de acordo com um levantamento realizado pelo Cuponomia.
“É sempre importante que esses dois eventos sejam avaliados com antecedência pelas empresas, justamente para que se crie uma estratégia que potencialize as vendas ao máximo”, orienta Ruocco.
“Essas tendências nos ajudam a vislumbrar o caminho que o e-commerce está tomando no Brasil. 2022 pode trazer muitas novidades, mas dificilmente veremos algum tipo de retorno ao que era antes. A digitalização veio para ficar. Agora, resta adaptar e evoluir os e-commerces para que sejam verdadeiramente competitivos nesse grande palco de ofertas que é a internet”, completa o diretor.
Por: Mundo do Marketing
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