China se mantém como maior e-commerce no futuro previsível e Índia é o que mais cresce. Brasil entra para o top 10 de maiores e-commerce
Não é segredo que a pandemia deflagrou uma forte aceleração do varejo eletrônico em vários países, trazendo amadurecimento a certos emergentes que se mostravam relativamente atrasados. Desde março de 2020, o crescimento em certos mercados tem sido tão puxado que previsões foram revistas. Ainda que a lista referente aos maiores e-commerces em termos de tamanho não tenha mudado muito, o top 10 dos mercados eletrônicos que mais crescem vem apresentando surpresas hora sim, hora também.
Segundo o Previsão para o E-commerce Global 2021, da consultoria eMarketer, o Top 10 de crescimento de varejo online tem o Brasil em segundo lugar para 2021. Segundo as estimativas, o País terá um avanço de 26,8%, à frente de outros emergentes como Rússia, Argentina e México. A média global prevista para o crescimento do e-commerce neste ano é de 16,8%.
Há diversos indícios que baseiam uma previsão otimista sobre o e-commerce brasileiro. As startups de soluções ao varejo são um exemplo. Em termos de investimento, elas já bateram o total de aportes de 2020, superando os US$ 700 milhões. Nos pagamentos, o varejo já conta com uma maturidade digital para resolver gargalos nos processamentos das transações, além de contar com um celeiro de retailstechs de fidelidade em ponto de ebulição.
Ainda assim, a Índia será o mercado de comércio eletrônico de crescimento mais rápido neste ano. Embora o crescimento total das vendas no varejo da Índia tenha despencado em 2020, seu e-commerce segue em ritmo forte. Segundo a eMarketer, as vendas digitais devem aumentar 27% no país este ano, à medida que mais varejistas lançam ou expandem suas lojas online. “Isso levará o país ao oitavo lugar na tabela anual de vendas de comércio eletrônico no varejo”, conforme a previsão.
Vale lembrar que na pesquisa da eMarketer de 2020, o mercado latino desbancou todos os outros continentes em termos de crescimento do e-commerce. A Argentina foi o mercado que mais cresceu, beirando os 80% de avanço. O Brasil avançou 35%, pelos cálculos da consultoria, quando o crescimento global foi de 27,6%.
O estudo também chama a atenção da Rússia, que estreia no ranking dos 10 mercados eletrônicos que mais crescem, com um aumento estimado de 26,1% em 2021.
Maiores e-commerces
Em 2021, a região Ásia-Pacífico será de longe o maior mercado de comércio eletrônico de varejo, com vendas digitais chegando a quase US $ 3 trilhões. Assim, seu e-commerce se tornará três vezes maior que o varejo eletrônico da América do Norte e quase cinco vezes maiores do que na Europa Ocidental.
A China é o mercado maior comércio eletrônico do mundo por uma grande considerável. “O grande número de compradores digitais e seu crescente poder de compra coletiva manterão a China na liderança em qualquer futuro previsível”, prevê o estudo. A China corresponderá por 52,1% de todas as vendas de comércio eletrônico no varejo em todo o mundo neste ano, ultrapassando, em muito, os 19% dos EUA.
Ainda no subcontinente asiático, a Índia é a grande promissora porque acredita-se que seu potencial para comércio eletrônico ainda não foi explorado, muito por conta da pandemia, o que deve manter o crescimento latente entre 2021 e 2025.
A América do Norte será a segunda maior região, com as vendas no varejo digital em torno de US $ 1 trilhão neste ano. A América Latina, que ficou atrás da Europa Central e Oriental em 2020, vai superá-las em 2021 mediante sua contínua arrancada em países como Brasil e Argentina, com vendas estimadas US $ 131,4 bilhões. Dado o forte incremento do e-commerce brasileiro em 2020 e 2021, o País deve fechar o ano como 10 º maior varejo eletrônico do mundo.
Ainda assim, os cinco principais mercados de comércio eletrônico permaneceram os mesmos desde 2018, e a previsão é que China, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul continuem como os cinco principais até 2025. O estudo aponta que há uma concentração nos países com mais aumento e tamanho de e-commerce, já que o número de países onde o comércio eletrônico deve expandir dois dígitos está aumentando.
“Antes da pandemia, apenas oito dos 32 mercados que cobrimos registravam penetração do comércio eletrônico na casa dos dois dígitos. Em 2020, essa lista se expandiu para 16 mercados e incluirá 22 mercados até 2025”, aponta o estudo.
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