Pesquisa realizada pela Telefônica em 27 países, com jovens entre 18 e 30 anos de idade, revela que os brasileiros estão entre os mais otimistas com relação ao futuro pessoal e do país.

O futuro é próspero para a chamada “geração do milênio” na América Latina – e principalmente no Brasil. Essa é a conclusão da pesquisa Millenials Summit: The Interactive Generation, realizada pela Telefônica em parceria com o jornal Financial Times em 27 países. Além da conhecida preocupação em acompanhar as últimas inovações tecnológicas, os jovens entre 18 e 30 anos – também muito conhecidos como geração Y – veem os assuntos relativos a economia, desigualdade social, educação e liberdade pessoal como prioritários para o desenvolvimento pessoal e de seus países.

Mais de 12 mil pessoas responderam a um questionário online, onde opinaram sobre os seus anseios com relação aos mais variados temas e ainda indicaram como poderão participar para que o futuro seja mais próspero. “Na América Latina temos mais de 150 milhões de pessoas que fazem parte da geração do milênio. E o resultado da pesquisa demonstra que esses jovens adultos são duas vezes mais otimistas do que os seus pares globais”, destaca Alberto Horcajo, diretor de finanças da Telefônica na América Latina.

A “geração milênio” brasileira acredita ser mais antenada com tecnologia do que a média. Mais de um quarto (26%) indica estar na vanguarda tecnológica, enquanto a média nos outros países ficou em 19% nesse quesito. Além disso, 91% classificaram conhecimento pessoal e familiaridade com tecnologia como bom ou excelente, enquanto a média geral foi de 79%.

No Brasil, 80% dos participantes da pesquisa consideram que podem fazer a diferença globalmente – número otimista quando comparado aos 40% do resto do mundo. Ao todo, 1.028 “millennials” brasileiros de diferentes regiões do país responderam ao questionário. “Queremos conhecer melhor uma geração. As traduções desses dados nos ajudam. E aos concorrentes também, são informações úteis a sociedade. Cerca de 25% dos clientes da Telefônica estão na faixa etária [dos entrevistados]”, revela Santiago Valbuena, CFO da empresa na América Latina.

Outro dado interessante é o fato de o Brasil abrigar uma das maiores concentrações de pessoas que se consideram líderes: 18%, ante 11% da média. “Essa é a pesquisa mais abrangente já realizada sobre esse tema no mundo. De maneira geral, acreditamos que o grupo ouvido representa muito bem o pensamento dessa geração em cada canto do globo”, afirma Alex Brown, diretor da Penn Schoen Berland, agência que aplicou a pesquisa. “Percebe-se uma grande diferença entre os millennials europeus e os da América Latina. Aqui se vê a tecnologia como ferramenta de combate à pobreza. As pessoas estão muito mais otimistas”, observa.

Alguns dados sobre os brasileiros na pesquisa Millenials Summit: The Interactive Generation:

• Mais de três quartos (81%) acham que os melhores dias do Brasil ainda estão por vir.
• A geração do milênio brasileira se descreve como mais otimista do que seus parceiros globais – 58% acreditam em um futuro melhor, enquanto no resto do mundo esse número é de 32%.
• 86% acreditam que sua qualidade de vida é melhor atualmente do que era na geração de seus pais.
• Apesar da confiança em si e em seu país, a geração do milênio brasileira preocupa-se com as desigualdades sociais e a educação (24% em ambos os itens), citando estes fatores como os mais importantes para a região, seguidos por saúde (17%) e pobreza (11%).
• 70% afirmam que a questão de mudanças climáticas é muito urgente, comparada aos 53% em nível global.
• Mais da metade acredita que tanto a economia global quanto as regionais estão caminhando na direção incorreta (54% e 52% respectivamente).
• 52% disseram ser difícil para pessoas de sua geração fazer a progressão da escola ao local de trabalho.
• Mais da metade (53%) concorda fortemente que o que eles são como indivíduo está ligado ao tipo de trabalho que fazem.
• 87% esperam ter dinheiro suficiente para aposentar-se de maneira confortável, comparado a 61% no resto do mundo.
• 70% da geração do milênio brasileira escolheu que ser feliz é mais importante do que ser rico, bem sucedido ou famoso.
• 37% acreditam que a tecnologia é o campo de estudo mais importante para garantir sucesso pessoal no futuro.
• A geração do milênio brasileira acredita que votar (91%), casar com quem se escolhe (81%) e liberdade de expressão (81%) são direitos e não privilégios.

Por: Amanhã