O país conta com uma das maiores redes varejistas de roupas e acessórios do mundo. Segundo dados do Empresômetro, empresa especializada em inteligência de mercado, são mais de 1 milhão de negócios em atividade e formalizados, representando 5,53% de todas as empresas ativas do país.
A Região Sudeste conta com a maior concentração de varejistas de roupas, com mais de 460 mil empresas; somente São Paulo congrega mais de 250 mil. Na Região Sul, o Rio Grande do Sul tem mais de 80 mil negócios.
A Bahia, o maior estado da Região Nordeste, conta com mais de 60 mil empreendimentos nessa atividade.
Somente nestes primeiros seis meses de 2019, o crescimento em relação a 2018 foi de mais de 8%, um total de mais de 72 mil novas empresas abertas somente neste ano.
“São negócios como a venda de roupas e acessórios que são mais procurados, pois são bens de uso comum, e é uma atividade pouco complexa, mas que precisa de dedicação, como qualquer outro negócio”, afirmou o CEO do Empresômetro, Otávio Amaral.
Mesmo que os números apontem que o comércio varejista de roupas e acessórios está crescendo, a atividade ainda sofre com a informalidade que, com o alto nível de desemprego, levou muitos brasileiros a buscarem uma forma de obter renda, e uma delas é a venda de roupas.
“Essa área é bastante concorrida. Hoje, o comércio ‘porta a porta’ deu lugar à tecnologia, há um número grande de pessoas vendendo artigos de moda através da internet, se utilizando de aplicativos de redes sociais, é algo que preocupa o empresário que tem uma loja física ou virtual, que mantém empregados e tem custos mais elevados”, explicou Amaral.
Mesmo assim, a perspectiva é de que o crescimento siga e que até 2020 os índices sejam parecidos com o pico do setor em 2014, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A importância da atividade para a economia é inquestionável. De acordo com o balanço do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil, Confecção e Vestuário da Fiesp (Comtextil), em 2017 foram movimentados mais de 220 bilhões de reais, para se ter uma ideia, foram vendidas mais de 6 bilhões de peças de vestuário, com uma média de 30 peças para cada brasileiro.
Mesmo com o crescimento, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) alerta: o empresário varejista deve estar atento às mudanças e previsões para a economia, além de evitar o endividamento.
“São conselhos para todos os empresários, mas, mesmo num momento delicado, a previsão é de melhora, investir com cautela, dar passos pequenos e firmes, sempre em frente, farão com que a economia continue a crescer”, concluiu Amaral.
Todas as projeções apontam para o crescimento do setor, seja pelo aumento de crédito, da demanda, empreendedorismo ou necessidade. É uma atividade das mais importantes para o país e que deve voltar ao auge em breve.
Por: Mercado & Consumo
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