O ano de 2018 será marcado pelo crescimento das vendas de televisores no Brasil. Segundo levantamento realizado pela empresa de pesquisa GfK, considerando os meses de janeiro e fevereiro de 2018, a categoria de TV’s cresceu 23% em faturamento e 22% em unidades comercializadas na comparação com o mesmo período do ano passado. A tendência é que feche o ano com os mesmos índices de crescimento.
Um dos fatores que contribui para este aumento é a Copa do Mundo. Dados históricos apontam que as vendas de aparelhos de TV no primeiro semestre dos anos de Copa superam o segundo, alavancando de forma natural o volume de vendas ao longo do ano:
Na Copa da Alemanha, em 2006, as vendas entre os meses de maio e junho foram 122% maiores que no mesmo período do ano anterior;
Na Copa de 2014, no Brasil, as vendas entre os meses de maio e junho foram 79% maiores que o mesmo período do ano anterior.
O estudo aponta também que, neste cenário, o consumidor opta por produtos de telas maiores. Em 2014, a venda de telas com tamanhos a partir de 48 polegadas representou 13%, ante 7% em 2013. Além disso, para 2018 há uma tendência de aumento das telas com melhor definição.
“Em 2017, as vendas de televisores 4K, ou Ultra HD, representaram pouco mais de 10% do volume de vendas. Já no início deste ano, esses produtos representam, no momento, 15% das vendas”, afirma Gisela Pougy, diretora da GfK.
A Copa é um evento muito forte para o mercado brasileiro de TV’s em 2018, mas não é o único. Outro fator que impactará diretamente no aumento das vendas é o desligamento do sinal analógico. Algumas regiões do país sofrerão essa mudança ao longo de 2018. Em 2017, apenas São Paulo, Rio e as capitais do Nordeste (Recife, Salvador e Fortaleza, entre outros) desligaram o sinal analógico. Ainda em 2018, esse fator será impactante para a venda de TV’s.
De acordo com Gisela, diante desse cenário, a indústria de televisores enfrentará o paradoxo de colocar no mercado TV’s maiores para os consumidores mais “maduros” e com o foco na Copa do Mundo e TV’s com telas menores para os lares que necessitam se adaptar à adoção da tecnologia digital.
Por: Mercado & Consumo
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