3,4 milhões de residências brasileiras não têm celular nem telefone fixo

Às vésperas do leilão de 5G, 4,7% dos domicílios do País não contam com telefone fixo ou móvel. Isso significa que 3,4 milhões de residências não contam com nenhuma comunicação de telefonia. A ausência de telefone é maior nos domicílios nas regiões Nordeste (9%) e Norte (8,8%), enquanto nas demais não ultrapassa 3%. É o que informa a nova pesquisa PNAD Contínua do IBGE, realizada no quarto trimestre de 2019 e divulgada nesta quarta-feira, 14, com dados referentes ao acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

De acordo com o IBGE, a parcela dos domicílios que têm telefone celular aumentou de 93,2% para 94%, na comparação com a pesquisa de 2018. Já o telefone fixo convencional está em 24,4% dos domicílios do País, o que representa uma queda em relação ao levantamento anterior, quando estava em 28,4% das residências brasileiras.

Internet

Além disso, 12,6 milhões de casas brasileiras, ou 17,3% do total, ainda não têm acesso à Internet. Naquelas com acesso, 81,2% usam banda larga móvel. No Nordeste, esta tecnologia corresponde a 63,8%, única região do País em que ela é menor do que a fixa (80,4%).

O aparelho celular está presente em 99,5% das casas com acesso à Internet. O computador, por sua vez, está em 45,1% delas. A televisão, em 31,7%, e o tablet, em 12%.

Celular próprio

Entre as crianças de 10 a 13 anos, 47,2% têm celular. Este número sobe para 78,5% no grupo de 14 a 19 anos. Entre adultos jovens de 25 a 39 anos, são 91%; já o percentual cai para 84,7% entre as pessoas de 50 a 59 anos. A queda acentuada vem no grupo de idosos de 60 anos ou mais (67%).

Entre as 34,9 milhões de pessoas que não têm celular para uso pessoal, 27,7% alegaram que o aparelho telefônico era caro; 22,6%, falta de interesse em ter um handset; 21,9%, que não sabiam usar celular; e 16,4%, que costumavam usar o telefone móvel de outra pessoa. Em cada um dos demais motivos, o percentual não alcançou 7%.

Estudantes

O celular foi o principal dispositivo utilizado pelos estudantes nas redes públicas que tiveram acesso à Internet no ano passado (96,8%). Nas escolas privadas, foram 98,5%.

Porém, a pesquisa mostra que somente 64,8% dos alunos de escolas públicas têm o telefone celular para uso pessoal – e nem todos têm acesso à rede. Já no ensino privado, 92,6% dos estudantes têm um telefone móvel. Essa diferença foi ainda maior no Norte, onde apenas 47,5% dos alunos do ensino público têm o dispositivo. Mais de 40% daqueles que não possuem o aparelho alegaram alto custo, e o restante disse usar o dispositivo de outra pessoa.

Por: Mariana Sgarioni, Mobile Time

By | 2021-04-18T08:16:14-03:00 15 abril, 2021|Categories: Mercado|Tags: , , , |0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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