Em apenas cinco meses de operação, o Pix já é mais popular que outros meios de pagamento que utilizam o celular e que estão disponíveis no mercado há muito mais tempo: 73% dos internautas brasileiros com smartphone declaram já terem feito um Pix. É o que informa a nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre pagamentos móveis e comércio móvel no Brasil, que pela primeira vez investigou a popularidade do Pix.
O pagamento instantâneo criado pelo Banco Central é mais popular entre os jovens de 16 a 29 anos (78% já enviaram um Pix) do que entre as pessoas com 50 anos ou mais (55% já mandaram um Pix). A proporção que já experimentou a novidade é maior também entre pessoas das classes A e B (81%) do que entre aquelas das classes C, D e E (71%). A diferença por renda mensal se expressa ainda mais claramente quando segmentado pelo sistema operacional do smartphone: 89% dos usuários de iOS já enviaram um Pix, contra 72% daqueles com Android. Não há diferenças expressivas no uso do Pix por região do País, segundo esta pesquisa.
QR code e aproximação
Por sua vez, os pagamentos com QR code já foram experimentados por 53% dos internautas com smartphone. Isso significa um aumento de 18 pontos percentuais em um ano. Parte desse aumento foi impulsionado pelo Pix, uma vez que o pagamento instantâneo também pode ser feito com QR code. A proporção que já pagou por QR code é maior entre homens (56%) que entre mulheres (50%); e maior entre pessoas das classes A e B (59%) do que entre aquelas das classes C, D e E (51%). Novamente a diferença se acentua quando se analisa por sistema operacional: iOS (71%) X Android (50%). A proporção que já usou esse meio de pagamento cai conforme a idade: 16 a 29 anos (59%); 30 a 49 anos (52%); 50 anos ou mais (40%).
Os pagamentos por aproximação também estão se popularizando, embora a um passo bem mais lento que o Pix. 34% dos brasileiros que possuem smartphone já o utilizaram para realizar um pagamento por aproximação, o que representa um aumento de 11 pontos percentuais em um ano. Mais uma vez merece destaque a diferença por sistema operacional – iOS (47%) e Android (33%) –, o que reflete a desigualdade social do País, sabendo-se que muitos aparelhos Android de baixo custo não são habilitados com a tecnologia NFC para pagamentos por aproximação. E, novamente, as proporções de uso são maiores entre os mais jovens e entre os homens.
A pesquisa entrevistou 2.028 brasileiros que possuem smartphone entre 10 e 19 de março de 2020. O relatório integral pode ser baixado aqui.
Por: Mobile Time
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