Pesquisa feita pela Purina para a zona EMENA da Nestlé traz insights importantes sobre a categoria
Elevados ao status de “membros da família”, os animais de estimação – ou pets, em inglês, como se convencionou chamá-los carinhosamente – movimentam um mercado global de R$ 130 bilhões por ano, segundo dados de uma pesquisa realizada pela Euromonitor. O mercado global de produtos de pet care, que inclui produtos de higiene e beleza, brinquedos e acessórios, deverá fechar 2021 com US$ 28,763 bilhões em vendas, um crescimento de 41,9% em comparação com 2016.
Embora notável, o resultado nem se compara ao obtido pelo Brasil, que registrou no mesmo período uma elevação de 99,8%, passando de US$ 223,8 milhões para US$ 447,2 milhões, com média de crescimento anual de 14,7%. Entretanto, para os atuais e futuros players, as boas notícias não param por aí. Se as previsões da Euromonitor se confirmarem, o salto nos próximos cinco anos será de 146,2%, com vendas atingindo US$ 1,1 bilhão em 2026, enquanto a elevação esperada para o mercado mundial até lá é de 23,7%.
A Purina apresentou um relatório com oito tendências futuras do mercado de petcare. O relatório “Purina in Society” é voltado à zona EMENA da Nestlé, que compreende Europa, Oriente Médio e Norte da África, porém traz insights importantes para o Brasil. O documento destaca a procura por proteínas alternativas, produtos personalizados e a transparência dos ingredientes. Apresenta ainda alguns desafios no setor, como a escassez de matéria-prima e o impacto ambiental ao nível das cadeias de abastecimento e das embalagens.
Veja abaixo as tendências:
Aumento de lares com animais de companhia – o isolamento social fez com que as pessoas buscassem nos bichos uma forma de não se sentirem tão só.
Alterações ao mercado de trabalho devido ao teletrabalho – mais tempo em casa, as pessoas se sentiram seguras de cuidar de um animal.
Reorientação para o e-Commerce – o aumento histórico das vendas no e-commerce dispararam no ano passado devido à imposição do distanciamento social e esse setor também foi impulsionado.
Preferência crescente por ingredientes/proteínas alternativos – o declínio dos recursos naturais a nível mundial exerce pressão sobre a redução do consumo ou a procura de fontes alternativas. Para além disso, sendo que os tutores millennials consideram os seus cães e gatos como membros da sua família, cada vez mais cães são submetidos a dietas flexitarianas, consumindo alimentos produzidos a partir de proteínas animais e vegetais.
Procura contínua de alimentos mais naturais motivada pela crescente preocupação com a saúde e bem-estar animal.
Maior consciencialização quando à responsabilidade pelos animais de companhia e influenciar de forma positiva as comunidades, a nossa saúde e a educação.
Soluções otimizadas contínuas e tecnologias de inteligência artificial (IA), incluindo nutrição personalizada – As pessoas tendem a utilizar formas mais inteligentes de gerir as suas vidas, recorrendo às suas tecnologias digitais, dinamizadas por grandes volumes de dados, pela inteligência artificial e preditiva. À medida que a tecnologia contribui para melhores experiências de consumo e novos serviços noutras áreas das suas vidas, aumentam as suas expetativas em relação a experiências e produtos saborosos, otimizados e personalizados para o cuidado animal.
Novas exigências de transparência empresarial – os consumidores querem avaliar o impacto das suas compras, incluindo impactos ambientais, de bem-estar animal na cadeia de valor e a transparência dos ingredientes.
Por: Mundo do Marketing
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