Pesquisa realizada pela Giacometti Comunicação, em São Paulo, quer entender a relação entre a mulher e os sapatos.
Coordenado por Dennis Giacometti, presidente da Giacometti Comunicação, o estudo comportamental – realizado com 400 mulheres que participaram de discussões em grupo e de análises etnográficas –, busca revelar os hábitos de consumo e os aspectos emocionais que permeiam o antes (aspiracional), o durante (drivers da decisão efetiva da compra) e o depois (uso diário), ou seja, todos os ritos que envolvem a escolha do sapato.
A pesquisa destaca que os sapatos são considerados pelas mulheres um objeto “quase-coleção”. Falar sobre a quantidade, por exemplo – especialmente entre as que escondem a verdade do marido – não é um tema tranquilo para as “consumidoras-colecionadoras”. A quantidade média de calçados (incluindo classes A, B e C) vai do mínimo de 15 ao máximo de 110 pares.
O sapato é um componente do visual tão importante quanto a roupa, segundo apurou o estudo. Os de salto, sobretudo, têm uma dimensão simbólica de poder, elegância e sensualidade.
O salto “impõe, marca presença, emagrece, dá poder, melhora a postura, deixa elegante, é feminino, é chique, muda o visual”.
A vitrine é a forma preferida para escolher sapatos (68%), seguida pela tevê (12%) e amigas (8%).
O sapato tem a preferência de compra de 44% das entrevistadas, “porque amo sapatos”, foi a resposta de 45% delas. As mulheres das classes A e B, nas faixas etárias de 18 anos a 25 anos, e 26 anos a 40 anos, são os maiores índices – 48% cada grupo.
Elas não querem comprar calçado pela internet (75%), porque “precisa experimentar”.
As mulheres têm baixo índice de afinidade – ou fidelidade – às marcas de sapato. Apesar de citarem algumas marcas, poucas se demonstraram “fãs”.
A pesquisa mostra que as mulheres estão abertas a experimentar marcas que não conhecem – desde que ofereçam uma boa qualidade.
Com o quê os sapatos combinam? Para 66% os sapatos devem combinar com a roupa; apenas 14% acreditam que devem ser combinados com a bolsa. A máxima de que deve-se sofrer em nome da beleza é verdadeira para 47% das entrevistadas; destaque para as das classes A e B – 50% concordam com a afirmativa.
Quanto se paga, em média, por um par? A precificação é relativa e depende do tipo (se é rasteirinha, salto etc), da marca e, sobretudo do grau de “encanto” pelo sapato. Para 35%, entre R$ 50 e R$ 80; seguido de 26% que pagam entre R$ 81 e R$ 100. E qual é o valor máximo? Entre as entrevistadas, 39%, afirmaram que mais de R$ 190.
Entre outras tendências, a pesquisa identifica que as mulheres brasileiras passaram a adotar uma prática que as norte-americanas têm há anos – carregar um par de sapato confortável na bolsa; 42% das entrevistadas reportaram o hábito, sendo que o maior índice está entre as mulheres da classe C, com idades entre 26 e 40 anos (51%).
Para ir ao shopping, por exemplo, as mulheres da classe A usam mais saltos altos do que baixos; entre as da B este quadro se inverte e há a inclusão do tênis. As mulheres da classe C dão preferência aos modelos rasteiros. À noite, os saltos altos imperam. As mulheres das classes A, B e C preferem sapatos ou sandálias com salto. Na classe C os saltos não são tão altos.
Fonte: CCSP
oi