A segmentação de produtos e serviços está esquecendo uma parcela da população muito importante. De um lado está o aumento do poder de compra da classe C e as crescentes opções oferecidas a esta parcela da população que consumiu R$ 365 bilhões em 2007. Do outro está o mercado de luxo que cresce a cada dia no Brasil. No meio deles, aparece a Classe Média Alta.
De acordo com um estudo da TNS InterScience, apesar de representar somente 4% da população brasileira, a Classe Média Alta detém 23% da renda total do país. Existe, portanto, uma demanda na classe intermediaria que está deixando de ser atendida. Elas têm renda familiar entre R$ 6 e 12 mil.
Esta parcela da população já teve maior poder aquisitivo no passado, mas hoje ela consome mais porque tem mais opções de compra. “No passado havia menos canais de gasto e hoje a renda está mais distribuída e gera este sentimento de estar mais pobre”, afirma Elizabeth Salmeirão, Gerente de Negócios de Retail & Shopper Insights TNS InterScience.
Detalhes da pesquisa
O boom da classe C deixou os antigos pobres mais perto desta classe média. “O Brasil ainda é segregado e essas pessoas se sentem incomodadas com a proximidade”, aponta Elizabeth em entrevista ao Mundo do Marketing. “Hoje uma pessoa da classe B que voa de Gol está do lado da Classe C. E, no fundo, ele não quer estar do lado da classe C”, aponta.
Com este cenário, este público consumidor busca diferenciação. Por outro lado o aspiracional vem depois dos gastos prioritários. “O desafio do varejo é oferecer produtos, serviços e atendimento diferenciado para estas pessoas”, diz. “Tem que entregar o que as pessoas aspiram e caber no bolso delas”, completa.
Fonte: Mundo do Marketing
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