Índice medido pela Fundação Getúlio Vargas demonstra alta no período. Ao mesmo tempo, em São Paulo, o quadro parece outro. Entenda.
Em janeiro, os brasileiros estão respirando um pouco mais aliviados. O Índice de Confiança do Consumidor medido pela Fundação Getulio Vargas subiu 6,2 pontos, chegando a 79,3 pontos. O resultado compensa a maior parte das perdas acumuladas nos dois meses anteriores (6,7 pontos).
Tanto a percepção do presente como as expectativas futuras demonstraram melhora. O Índice da Situação Atual (ISA) avançou 2,9 pontos, para 68,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 8,3 pontos, atingindo 88,1. O índice que mede o grau de otimismo em relação à situação econômica nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para a alta da confiança em janeiro: apresentou alta de 8,4 pontos.
Para Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor, a alta da está relacionada às expectativas de melhora do ambiente econômico, como a queda na inflação e a aceleração do movimento de redução das taxas de juros prevista no curto prazo.
“Embora os níveis de incerteza ainda sejam altos e as perspectivas para o mercado de trabalho continuem ruins neste primeiro semestre, as boas notícias da virada de ano aumentam as chances de uma recuperação da confiança (ou, por enquanto, alívio da desconfiança) nos próximos meses”, explica.
Homogêneo
A satisfação do consumidor com relação à situação financeira familiar atingiu 61,6 pontos, uma variação de 4,3 pontos em relação ao mês anterior, quando atingiu seu mínimo histórico (57,3).
Comparando os resultados por faixas de renda, houve aumento da confiança de todos os níveis. A faixa de renda familiar mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 foi a que mais contribuiu para o aumento do ICC, apresentando uma variação de 11,3 pontos, e chegando ao maior nível desde janeiro de 2015 (83 pontos).
Outro ângulo
Já em São Paulo, após registrar um bom resultado em dezembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair em janeiro, passando de 110,7 pontos para 102,2 pontos, uma queda de 7,7%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).
As expectativas sobre os próximos meses também retraíram, registrando 125 pontos, uma queda de 8,2% com relação a dezembro.
Para a entidade, em 2017, o consumidor está demonstrando as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado: orçamento apertado por ganhos de renda mais modestos em virtude do aumento real do custo de vida, causado pelas altas dos preços e juros e, principalmente, pela incerteza em relação ao seu emprego no futuro.
Por: Portal No Varejo
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