Consumo de bebidas, alimentação, higiene e beleza cresce no Nordeste

Levantamento do Instituto Data Popular reforça o poder da classe C e mostra valores gastos pela população

A elevação dos níveis de consumo no Brasil nos últimos oito anos está revelando cada vez mais o poder da classe C no cenário econômico. Uma nova avaliação do Instituto Data Popular realizada em todas as regiões do País mostra que há aumento expressivo nos itens alimentos e bebidas, movimento que é caudatário da evolução no índice de empregos formais no País nesse período. Na região Norte, em 2002, o consumo de bebidas e alimentação (em casa e fora) exigiu desembolso da classe C de R$ 1,678 bilhão. No ano passado, a região contabilizou R$ 12,359 bilhões segundo o Data Popular. Desse total, R$ 9,060 bilhões é consumo alimentício no lar. A região Nordeste saltou de R$ 6,172 bilhões em 2002 para R$ 38,698 bilhões em 20120.

Um destaque para o consumo em bares e restaurantes: há oito anos era de R$ 983 milhões e agora chega a R$ 8,174 bilhões. No Centro-Oeste o volume de consumo em alimentos e bebidas em 2002 era de R$ 2,497 bilhões e no ano passado fechou com R$ 13,696 bilhões. O Sul do País consumiu R$ 7,058 bilhões de bebidas e artigos de alimentação no início do primeiro governo Lula e no final do seu segundo mandato, em dezembro do ano passado, contabilizou R$ 30,430 bilhões. O Sudeste, com R$ 93,089 bilhões em 2010, liderou o consumo de alimentos e bebidas. Em 2002, a região composta pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais apresentou volume de R$ 22,060 bilhões. O maior índice, com R$ 66,088 bilhões, foi para as compras direcionadas para consumo no lar.

Já os gastos da classe C com higiene e beleza, segmentos de grandes anunciantes, também evolui expressivamente. Em 2002, o Norte somava R$ 144 mi, em 2010 atingiu R$ 1,40 bi. No Nordeste era R$ 460 mi e chegou a R$ 4,83 no ano passado. No Centro-Oeste os valores são de R$ 215 mi e R$ 1,61 bi respectivamente no período. No Sudeste, a relação começa em R$ 1,08 bi em 2002 e alcança R$ 9,17 bi em 2010, sendo que no Sul do País a quantia investida há 9 anos era de R$ 468 mi e hoje é de R$ 2,80 mi.

Fonte: Propmark

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By | 2017-05-24T14:11:14-03:00 13 março, 2011|Categories: Consumo|Tags: , , , |2 Comments

About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

2 Comments

  1. Amanda Cardoso 02/04/2011 at 19:13

    estou fazendo o meu TCC sobre a H20H! e gostaria de saber se seria possivel que o autor do site me informasse sobre a marca no aspecto mercadologico da marca.
    fico no aguardo
    e obrigada!

    Amanda.

  2. Hermano Mota 06/04/2011 at 14:03

    Bom dia Amanda.

    Os comentários que farei são percepções que tive ao acompanhar de longe o lançamento da neste processo da H2Oh, e não correspondem necessariamente ao que as empresas realmente fizeram ou vislumbraram.

    A marca H2Oh, no meu entender, é uma marca que veio a suprir uma necessidade que existia no mercado por uma bebida mais leve e com menos calorias e que desse a mesma refrescância do refrigerante.

    O refrigerante é constantemente bombardeado e lembrado como o grande vilão de uma dieta saudável, porém para a grande maioria das pessoas é difícil mudar hábitos mais arraigados por questões de saúde cujos efeitos serão sentidos anos mais tarde. Portanto, qualquer solução que leve a uma melhora, sem mudança de hábitos, é facilmente adotada.

    Foi o que ocorreu com a H2Oh. Como você pode ler no rótulo, ele é um refrigerante como qualquer outro, de baixa caloria, mas sua campanha vinculou o produto à água, com peixes e aquários em toda a comunicação da marca, mostrando a imagem de um produto extremamente leve, saudável e refrescante. Pessoalmente achei que eles foram muito felizes na estratégia, inclusive com a prioridade na exposição do produto junto ou próximo às águas, porém talvez tenham exagerado, pois lembro que levou uma parcela dos consumidores a acreditar que o produto era água e não refrigerante. Um risco para a empresa. Por decisão da Anvisa, se não me engano, a Ambev foi obrigada a mudar o nome da H2Oh e a Coca-Cola foi obrigada a mudar o nome da Aquarius, mas ambas recorreram da decisão.

    A H2Oh cresceu muito rápido no mercado, chegando à liderança no mercado de refrigerantes light em São Paulo em 2008, conforme pesquisa Nielsen. Devido a este rápido crescimento, a Coca-Cola reagiu, com a Aquarius. Porém a Aquarius era uma marca nova à época e, para ajudar, o Sprite também foi usado para lutar contra o crescimento da H2Oh. Durante algum tempo a embalagem da Sprite mudou de verde para transparente e foram lançadas campanhas publicitárias com muito apelo à refrescância e à água, além da mudança do posicionamento da Sprite e da Aquarius nos pontos-de-venda, para que fossem expostos ao lado da H2Oh.

    Hoje há mais sabores disponíveis da H2Oh, de frutas associadas a lazer e saúde, como abacaxi e maçã.

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