Cresce a mistura entre TV e redes sociais, diz estudo

A tendência também leva a uma mudança radical na experiência tradicional de assistir TV, de acordo com um estudo global publicado pela Motorola Mobility

Engajamento on-line continua a ser um fator importante na rotina semanal do consumidor

 

O desejo dos consumidores pela conexão via redes de relacionamento e a demanda de conteúdo a qualquer hora, em qualquer lugar, impulsiona a maior convergência da indústria de entretenimento dos últimos anos.

A tendência também leva a uma mudança radical na experiência tradicional de assistir TV, de acordo com um estudo global publicado pela Motorola Mobility.

O Barômetro de Engajamento de Mídia de 2011, estudo independente de hábitos de consumo de vídeo feito com 9 mil consumidores, de 16 países, mostra que os consumidores procuram TV móvel, TV social, serviços de casa conectada e serviços em nuvem personalizados.

Cada uma dessas categorias oferece aos provedores de serviços oportunidades significativas de expandir seu portfólio, impulsionar a fidelização de clientes e explorar novos fluxos de receitas.

“Os consumidores estão cada vez mais conectados e querem acesso permanente a seus conteúdos e comunidades”, disse John Burke, vice-presidente sênior e gerente-geral de Experiências Convergidas da Motorola Mobility. “Eles não estão preocupados em como a tecnologia faz tudo isso acontecer; simplesmente querem que funcione e esperam que se adapte perfeitamente à sua rotina diária. A tendência de convergência que estamos vivendo representa uma enorme oportunidade para nossos clientes, no sentido de proporcionar aos consumidores essa experiência simples e intuitiva de levar o conteúdo ao consumidor em suas residências.”

Engajamento on-line e TV social

Com uma média de 12 horas on-line por semana e mais seis horas dedicadas às redes de relacionamento, o engajamento on-line continua a ser um fator importante na rotina semanal do consumidor.

Além disso, a TV social já é uma tendência importante: mais da metade (61%) dos entrevistados em nível global diz que já discutiu um programa de TV com amigos via redes sociais. A expectativa é de que a tendência se mantenha – outros 49% disseram que teriam interesse nesse tipo de serviço.

As pessoas preferem acesso a serviços de TV social via PC, smartphone ou tablet (43%) em vez de acessar pela televisão utilizando o menu na tela (40%). Usar redes de relacionamento para comentar programas é o serviço de TV social preferido por 89% dos entrevistados na Alemanha, 87% nos Estados Unidos e 60% na Coreia.

Entrevistados na Rússia (55%) e nos EUA (34%) disseram que prefeririam um serviço de TV social com links para sites nos quais pudessem comprar produtos mostrados no programa, enquanto apenas 23% dos entrevistados na Alemanha preferiram esse tipo de serviço.

As pessoas preferem um serviço de videochamadas com familiares e amigos, com maior intenção de adesão do serviço na China, com 58% dos entrevistados, em comparação com 37% dos americanos e somente 19% dos que vivem no Reino Unido.

Consumo de TV permanece estável

O desejo dos consumidores por conexão constante está influenciando o consumo de TV e filmes, que responde por uma média mundial de 15 horas por semana. Os alemães assistem, em média, a 18 horas de TV e vídeo por semana, sendo que em 2010 viam 14 horas. Os entrevistados dos EUA agora assistem a 21 horas de TV por semana – duas horas a mais que em 2010.

Graças ao DVR – gravador digital de conteúdo -, a TV sob demanda está mudando o modo e o momento em que os consumidores veem seus programas prediletos. Este ano, três vezes mais pessoas estão assistindo TV sob demanda – 18%, em comparação com 5% no ano passado. Houve um aumento semelhante no Reino Unido, onde 15% dos consumidores estão assistindo TV sob demanda em 2011, contra 8% em 2010.

Os provedores de serviços poderão aproveitar a tendência, oferecendo melhor experiência de transmissão de programação ao vivo. A utilização cada vez mais intensa de mídias sociais integradas com o guia de TV pode incentivar telespectadores a assistir à transmissão original do programa e compartilhar imediatamente com outros fãs e amigos.

TV móvel

A TV móvel realmente decolou no último ano – mais de um terço (37%) dos entrevistados no mundo dizem que assistem a serviços de televisão fora de casa por meio de um smartphone, tablet, PC ou laptop.

A pesquisa de 2011 revelou que o número de pessoas nos Estados Unidos que assistem TV no smartphone aumentou quase cinco vezes com relação a 2010: 23% atualmente assistem TV em seus smartphones. Comparativamente, 46% dos japoneses relatam que assistiram TV móvel em seus smartphones em 2011.

A Alemanha (22%), Emirados Árabes Unidos (20%), México e Cingapura (ambos 19%) também são grandes fãs da TV móvel, enquanto apenas 7% dos argentinos assistem TV móvel menos de uma vez por semana.

Por último, mais que um quarto (27%) dos consumidores globais com idade entre 25 e 34 anos assistem TV em dispositivos móveis uma ou duas vezes por semana, contra um pouco mais de um terço (34%) dos consumidores na faixa de 45 a 54 anos e um terço (33%) dos entrevistados com mais de 55 anos.

Nuvem pessoal toma forma

Um estudo de setembro de 2011 da Juniper Research projeta que receitas de serviços em nuvem para consumidores alcançarão o nível de US$ 6,5 bilhões até 2016. Segundo a pesquisa, esse crescimento será impulsionado por serviços de vídeo e música. Os resultados são confirmados pelo estudo da Motorola, que revelou que 52% dos consumidores americanos tinham interesse em um serviço que permitisse acesso aos seus dados pessoais (tais como vídeos, fotos e outras informações) em qualquer dispositivo, de qualquer lugar do mundo.

Em 2011, 41% dos entrevistados globais disseram que teriam interesse em um serviço do tipo nuvem pessoal, mas que teriam de ser convencidos de seu valor. Esses resultados são mais fortes entre os entrevistados de Cingapura (50%), Coreia do Sul (49%), Emirados Árabes Unidos (39%) e EUA (34%).

Entrevistados da China (38%), México e Turquia (ambos 35%) foram os mais interessados nesse tipo de serviço, contra 7% dos alemães.

Casa conectada

As pessoas do México (49%), Turquia (43%) e China (42%) são as mais interessadas na possibilidade de gerenciar dispositivos da residência remotamente, seja via smartphone, tablet ou laptop, enquanto, com 31%, a Austrália, Suécia e Estados Unidos estão mais próximos da média global de 30%.

No mundo, 36% das pessoas questionadas disseram que gostariam que seu provedor de comunicações, em vez de empresas de segurança residencial ou prestadoras de serviços públicos, fosse um serviço de automação residencial. Por último, o estudo revelou que controlar a casa remotamente é mais interessante para os homens (34%) do que para as mulheres (26%).

Fonte: Exame

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About the Author:

Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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