Crescimento de salgadinhos será de 33% até 2015

Consumo maior de salgadinhos entre pessoas mais velhas e o público D e E, além de aumento na freqüência de compra junto àqueles que já adquirem o produto são os principais fatores para que a categoria salte de um faturamento na casa de R$ 4,8 bilhões estimados em 2012 para R$ 6,4 bilhões em 2015. A projeção é da consultoria Mintel e considera inclusive segmentos como amendoim e amêndoas, além de todos os canais de vendas. A empresa, que tem escritórios em vários países, lançou há pouco tempo uma série de estudos voltados ao mercado brasileiro.

Segundo o levantamento sobre salgadinhos, entre 2006 e 2011 a taxa de crescimento foi de 78% em valor. “Para manter a alta dos últimos cinco anos, o mercado de salgadinhos terá que se adaptar a uma série de mudanças que estão ocorrendo no Brasil”, afirma Naira Sato, analista sênior do setor de alimentação da Mintel. “A classe média em crescimento no País continuará a apresentar oportunidades de aumento de freqüência de consumo e de introdução de novos produtos premium no mercado”, completa.

De acordo com o estudo, os mais velhos deverão ser atraídos para a categoria com a maior oferta de versões saudáveis, como aqueles com redução de sódio, entre outros benefícios. Apesar disso, a análise da Mintel aponta para o fato de que muitos consumidores não têm uma boa compreensão de mensagens nas embalagens como “sem gordura trans” ou “com redução de sódio”. Segundo o relatório, “há indícios de que a mensagem ‘sal reduzido’ ou ‘calorias reduzidas’ encontraria um maior número de adeptos”.

Já o aumento do consumo pelas classes D e E terá como plataforma produtos com preços menores, como as marcas próprias. A maior utilização de promoções também poderá contribuir para uma maior experimentação das versões voltadas a preço baixo. Por sua vez, o aumento da frequência de compra entre as pessoas que já compram salgadinhos deverá ocorrer justamente pelo crescimento das lojas de varejo menores e também das independentes. Isso porque os consumidores tendem a continuar buscando mais conveniência e a possibilidade de comer os salgadinhos enquanto se deslocam de um lugar para o outro – o chamado consumo on-the-go.

Conforme o estudo, a classe C também terá um papel importante na categoria. Eles continuarão comprando salgadinhos por indulgência, em busca do ‘prazer’ de consumir. Mas devem migrar ainda mais para segmentos premium.

Todos esses fatores combinados – em especial a migração para produtos mais caros e a busca pela saudabilidade – farão com que o crescimento em faturamento supere o aumento em volume nos próximos anos.

Fonte: Supermercado Moderno

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By | 2017-05-29T00:00:33-03:00 15 novembro, 2012|Categories: Comportamento do consumidor, Consumo, Marca, Mercado, Pesquisas, Varejo|0 Comments

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Mestre em Economia, especialização em gestão financeira e controladoria, além de MBA em Marketing. Experiência focada em gestão de inteligência competitiva, trade marketing e risco de crédito. Focado no desenvolvimento de estudos de cenários para a tomada de decisão em nível estratégico. Vivência internacional e fluência em inglês e espanhol. Autor do livro: Por Que Me Endivido? - Dicas para entender o endividamento e sair dele.

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