Pesquisa traz dados sobre comportamento do consumidor masculino no mercado de beleza. Pandemia alterou hábitos, mas o pós desse período pedirá maior atenção
O Dia dos Homens é comemorado anualmente em 15 de julho no Brasil. Esta data foi inspirada no Dia Internacional do Homem (19 de novembro), e tem o objetivo de conscientizar a população masculina sobre os cuidados que devem tomar com a sua saúde. A preocupação e o investimento dos homens em produtos voltados para beleza, saúde e bem-estar, no pais que é o segundo maior mercado de cosméticos masculinos do mundo (perde apenas para os EUA), já estão consolidados.
Tais transformações sociais, como o amadurecimento do homem em relação aos cuidados com a aparência, aliado ao aumento do debate sobre questões como machismo, refletem na realidade de um mercado em expansão, o da beleza masculina.
De acordo com a pesquisa Cosmentology, realizada pelo Grupo Croma em parceria com a Netquest que ouviu mais de mil homens em todo o Brasil, 39% dos entrevistados passaram a se preocupar com beleza e cosméticos, revelando um novo público. Desse número, 8% passaram a se preocupar muito com o tema nos últimos cinco anos. 27% são antigos adeptos e já se preocupavam com o tema, sendo que 18% continuam a se preocupar com o assunto e 9% declaram se preocupar ainda mais.
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Perfumes, shampoos e condicionadores, produtos para barba podem parecer rotineiros quando falamos de itens de beleza e segundo a pesquisa realizada pelo Grupo Croma, são os itens mais procurados e comercializados pelos 1005 entrevistados. A pesquisa ainda revelou que os produtos que lideram o uso e intenção de uso nos próximos meses eram perfumes (65%), shampoos e condicionadores (63%), cuidados com a barba (40%) e cremes e loções para o corpo (30%). Segundo o Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma, o público masculino tem um interesse maior em produtos e tratamentos mais simples e direcionados principalmente ao rosto: barba, cabelos, dentes e mãos.
Em meio ao “novo normal” o que se vê nas campanhas publicitárias das marcas do segmento é a defesa da representatividade e que beleza não é só coisa de mulher. 66% dos entrevistados afirmaram que “podem me chamar do que for, mas cuidar de mim não me deixa menos homem”, 63% afirmaram que cuidar da beleza não é só coisa de mulher e 53% disseram que “sou homem, mas me cuido e não tenho vergonha disso”. O homem atual está mais atento à necessidade de autocuidado, preocupando-se não somente com shampoo e sabonete, mas com outros produtos e fatores ligados à estética.
Um dos fatores que explicam esse cuidado é o culto da beleza, impulsionado pelas redes sociais. É uma profunda mudança de hábitos, com jovens que têm grande necessidade de expressão. E isso se reflete nas empresas, que passaram a lançar itens específicos para esse público.
Na avaliação de Edmar Bulla, ainda há muito espaço para crescimento dos empreendimentos voltados à beleza masculina. Para empreendedores, lugares específicos para cuidar da beleza masculina têm muito para crescer. Isso está relacionado ao pós-crise: as pessoas querem voltar a cuidar da beleza e retomar a autoestima.
O estudo foi realizado através de pesquisa quantitativa por meio de questionário online aplicado junto a painel de internautas da Netquest. O público do estudo foi composto por homens, de 18 anos ou mais, das classes ABC, com abrangência nacional.
Por: Mundo do Marketing
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